BR Foods define as dez fábricas que serão vendidas

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Unidades terão que ser repassadas para que a união entre a Sadia e a Perdigão seja aprovada pelo Cadê
Plantas escolhidas estão espalhadas pelo país; empresa estima perda de R$ 3 bilhões no seu faturamento



A Brasil Foods anunciou ontem quais são as dez fábricas e quatro abatedouros que devem ser vendidos para atender às exigências feitas pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para aprovar a fusão Sadia/Perdigão, que deu origem à companhia.
A empresa terá que passar adiante as unidades de São Gonçalo dos Campos (BA), Bom Retiro do Sul (RS), Lages (SC), Salto Veloso (SC); Duque de Caxias (RJ), San- ta Cruz do Sul (RS), Três Passos (RS) e Brasília (DF).
Além disso, irá vender parte das plantas de Carambeí (PR) e Várzea Grande (MT) e negociará os equipamentos industriais de Valinhos (SP).
Em quatro localidades, há tanto fábrica quanto abatedouro (São Gonçalo, Três Passos, Brasília e Carambeí).
A empresa não informou o valor dos ativos e a venda só deverá ocorrer em 2012.
A BRF também terá que se desfazer de 12 granjas, 4 fábricas de ração e 8 centros de distribuição.
Além disso, será obrigada a repassar marcas, como Rezende e Doriana, assim como suspender a venda de produtos da Perdigão e da Batavo por até cinco anos.
O Cade determinou ainda que esse conjunto de ativos terá de ser absorvido por apenas um concorrente. O objetivo é dar escala para que a empresa compradora possa competir com a BRF.
O diretor técnico da Informa Economics/FNP, José Vicente Ferraz, diz que, apesar do esforço, não há garantia de que a nova empresa consiga concorrer com a BRF.
"É uma tentativa de preservar a concorrência, mas isso vai depender da qualidade de gestão de quem assumir."

PERDAS
A BRF estima uma perda de cerca de R$ 3 bilhões no faturamento após a venda dos ativos e a suspensão das marcas --13% da receita líquida (R$ 22,6 bilhões).
Os ativos vendidos têm capacidade para produzir 730 mil toneladas de alimentos derivados de carne e 96 mil toneladas de margarinas por ano, o correspondente a 80% da capacidade produtiva da Perdigão anterior à fusão.
MARIANA SALLOWICZ
DE SÃO PAULO
Fonte: Folha.com.br (27.07.11)


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