A greve dos funcionários dos Correios vai continuar por tempo indeterminado. Ontem, a maioria das assembleias realizadas pelo país decidiu rejeitar a proposta que havia sido acertada entre a empresa e o comando nacional de greve, em audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A paralisação estaria encerrada se a maioria dos 35 sindicatos tivesse aceitado a proposta. Mas, até o fechamento desta edição, associações do Distrito Federal e 17 Estados (há Estados com mais de um sindicato) haviam encerrado as assembleias e nenhuma delas aprovou o acordo.
Em São Paulo, por exemplo, a entidade formada pela capital e a região de Sorocaba e as de Campinas e Santos optaram por manter a greve.
"As assembleias avaliaram que negociamos errado, então agora a federação vai seguir em frente e dar sustentação à greve", disse José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares, que reúne os sindicatos da categoria.
O acordo previa a reposição da inflação de 6,87% e um aumento linear de R$ 80 a partir de outubro. Os 21 dias em greve (até anteontem) não seriam descontados integralmente. Os funcionários precisariam compensar 16 deles aos sábados e domingos para colocar em dia as cartas e encomendas atrasadas.
Fonte: Folha.com.br (06.10.11)