Tolerância sobe para 30 minutos entre os dias 5 e 10 de cada mês; reclamações diminuíram, informa órgão de defesa do consumidor
A lei que limita o tempo de espera nas filas dos supermercados de Araraquara, no interior de São Paulo, fez estabelecimentos do município adotarem táticas para cumprir a regra.
Uma delas é deslocar funcionários de outras atividades para os caixas.
Em vigor desde 6 de abril, a lei determina que o atendimento aos clientes ocorra em no máximo 20 minutos.
No período entre os dias 5 e 10 de cada mês, quando o movimento costuma ser maior, a tolerância sobe para 30 minutos de espera.
"Sempre tivemos funcionários que ficavam em outras funções e, quando o movimento aumentava, eles se deslocavam para o caixa. Até por isso não tivemos problemas com a lei", afirmou Frank César Figueiredo, gerente de uma das quatro lojas da rede Patrezão.
Dez dos 22 caixas operavam quando a Folha esteve no local -o movimento de consumidores era pequeno.
A lei diz que, em lojas com mais de 16 pontos de atendimento, ao menos 13 devem estar em operação.
Porém, a regra vale apenas quando o tempo de espera não está sendo cumprido. Em uma loja da rede Savegnago visitada pela reportagem, 13 dos 24 caixas atendiam.
Consumidores ouvidos disseram que, apesar da lei, o tempo de espera nas filas dos supermercados permanece o mesmo. Afirmam ainda que também adotam estratégias para não sofrer ao passar pelos caixas.
"Prefiro evitar horário de pico, porque todas as vezes que vou fazer compras após as 18h perco um bom tempo esperando", disse a doméstica Elisângela da Silva, 32.
O Codecom (Centro de Orientação de Defesa do Consumidor) de Araraquara informou que as reclamações diminuíram após a implantação da legislação.
WOLFGANG PISTORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO
Fonte: Folha.com.br (19.05.12)