Representantes de seis centrais sindicais e governo não conseguiram entrar em acordo nesta quinta-feira (31) a respeito da isenção de Imposto de Renda (IR) sobre a Participação sobre Lucros e Resultados (PLR), a que os trabalhadores com carteira assinada têm direito.
Em reunião no Palácio do Planalto nesta manhã, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, propuseram desonerar o imposto para PLR de até R$ 5 mil reais - de acordo com assessoria da Secretaria-Geral.
Os sindicalistas não aceitaram o valor. A categoria pede isenção total para PLR de até R$ 10 mil e que, a partir daí, passe a incidir tributação progressiva, que varia de 7,5% a 27,5%.
O assunto tem sido discutido pelo Planalto desde o início da semana. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a encontrar-se com a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (29) para mostrar a proposta que o governo apresentaria nesta quinta-feira às centrais.
Devido à falta de acordo, uma nova reunião foi marcada para 11 de junho, segundo disse o presidente em exercício da Força Sindical, Miguel Torres. A data, porém, não foi confirmada pela secretaria.
"Pedimos ao governo que nos convoque o mais rapidamente possível para que isso não se torne muito extenso, porque os trabalhadores estão muito apreensivos e começam agora as grandes negociações no Brasil das categorias que tem um volume maior de PLR", afirmou Torres.
Outro ponto de divergência é a respeito do prazo para a isenção começar a valer. O governo propõe a mudança para 2013, mas os trabalhadores defendem que valha ainda este ano.
Segundo relatou o tesoureiro da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Wagner Freitas, a Fazenda projeta que a isenção para PLR de até R$ 5 mil significaria uma renúncia fiscal de R$ 1,4 bilhão.
Fonte: Globo.com / JOSE LUIZ ZALAMENA DE QUEIROZ (01.06.12)