O volume de funcionários dos Correios em greve por tempo indeterminado aumenta a partir de hoje.
Todos os sindicatos que realizaram assembleias ontem optaram pela paralisação.
Entre os grevistas, estão trabalhadores de 17 Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, além de Distrito Federal e quatro regiões de São Paulo: Bauru, Campinas, Vale do Paraíba e São José do Rio Preto.
Segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), 84% dos funcionários dos Correios estão em greve.
Eles se juntam aos funcionários de Minas Gerais e do Pará, paralisados desde a semana passada.
OPERAÇÃO
Para continuar operando, os Correios informam que podem realocar empregados das áreas administrativas, contratar temporários e até entregar cartas e encomendas nos fins de semana.
Nos próximos dias, novas assembleias acontecerão em outros Estados.
A categoria pede reajuste de 43,7%, para repor perdas salarias com a inflação, mais aumento de R$ 200, vale alimentação de R$ 35 por dia, a contratação imediata de 30 mil trabalhadores e o fim das terceirizações, além de garantias de melhores condições de trabalho.
As negociações começaram há mais de um mês. Os Correios propõem conceder reajuste de 5,2%, para cobrir a inflação dos últimos 12 meses. Para a estatal, isso elevaria o salário-base para R$ 991,77, o que, somado ao adicional de atividade, levaria os vencimentos básicos para R$ 1.289,30.
Os Correios tentaram suspender a greve em Minas e no Pará com a mesma manobra que encerrou a de 28 dias ocorrida em 2011, mas teve o pedido negado no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
HELTON SIMÕES GOMES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Fonte: AASP - Associação dos Advogados de São Paulo - Clipping Eletrônico (19.09.12)