Paz nos parreirais
Salvaguardas são medidas de proteção a mercados reconhecidas pela Organização Mundial do Comércio. As exportações do agronegócio brasileiro enfrentam várias lá fora no etanol, nas carnes, no suco de laranja... Não havia nada de escandaloso no pedido de salvaguarda para o vinho brasileiro, ameaçado por importações predatórias. Mas a verdade é que a proteção solicitada pelo setor trouxe mais desgaste do que benefícios à imagem dos vinhos nacionais. Automóveis e computadores feitos no Brasil melhoraram muito graças à exposição à concorrência com os importados. Com o vinho aconteceu o mesmo. As vinícolas brasileiras investiram, se modernizaram e passaram a elaborar vinhos de alta qualidade para competir com os estrangeiros. Os bons rótulos nacionais não precisam de salvaguarda. O problema não são os importados são os altos tributos cobrados pelo governo e a desinformação dos consumidores. É contra isso que o setor vitivinícola deve lutar a partir de agora.
Fonte: Zero Hora (23.10.12)