Um dos maiores grupos do setor de vales-refeição e alimentação do país, a Alelo, empresa do Banco do Brasil em parceria com o Bradesco, não vai mais participar de disputas de contratos que demandem que as concorrentes deixem de cobrar taxas de administração e ainda ofereçam descontos.
Segundo Ronaldo Varela, diretor-executivo Comercial, Marketing, Novos Negócios e Produtos da Alelo, a companhia acredita que, assim, estará liderando o fim dessa prática, considerada por ele "uma distorção de mercado".
Conforme revelou a Folha, em vez de cobrar taxa de administração nos contratos com prefeituras, governos e estatais, as empresas do setor intensificaram, sobretudo a partir do ano passado, as ofertas de descontos, para vencer as concorrências.
O problema é que as administradoras de tíquetes acabam compensando o que não cobram nas operações com o poder público com taxas mais salgadas no varejo, em especial pequenos e médios estabelecimentos que recebem os vales como meio de pagamento.
O resultado é que o consumidor paga a conta, já que, de acordo com os próprios supermercadistas, esse custo tem sido repassado para os preços dos alimentos, o vilão da inflação nos últimos meses. (SHEILA D'AMORIM)
Fonte: Folha de São Paulo (03.04.13)