Medida tem objetivo de reduzir à metade tempo gasto atualmente no check-in nos balcões de empresas aéreas
Totens poderão ser usados por viajantes de todas as companhias e estarão disponíveis a partir de agosto
Novos terminais de autoatendimento no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), permitirão ao passageiro imprimir a própria etiqueta de bagagem --além de fazer o check-in e emitir o cartão de embarque, funcionalidades já disponíveis hoje.
A intenção é reduzir filas e o tempo gasto no check-in. O serviço, inédito no país, começa a partir de agosto para companhias nacionais e internacionais. O custo será dividido entre concessionária que administra o aeroporto e empresas aéreas.
Serão 100 totens, compartilhados entre todas as companhias, espalhados em "ilhas" ao longo dos terminais 1 e 2. Hoje há 25 totens, de empresas ou grupo de empresas.
Um passageiro leva de dois minutos e meio a três minutos no atendimento no balcão de check-in, fora a fila, que pode chegar a meia hora. O tempo no balcão cairá à metade se o passageiro usar o totem para imprimir a etiqueta, segundo a GRU Airport.
A razão: o passageiro fará o processo sozinho, via autoatendimento, e entregará a bagagem em balcões específicos. Se houver excesso de bagagem, a respectiva taxa será cobrada na hora.
Passageiros eventuais tenderão a ter alguma dificuldade com o sistema no início. Balcões físicos continuarão à disposição de quem não quiser usar o autoatendimento.
"Há um certo tempo de aprendizagem. Mas a melhoria é significativa. Temos pesquisas que mostram que os passageiros etiquetam a bagagem melhor do que o funcionário da companhia, até porque aquela é a bagagem dele", disse Elbson Quadros, diretor comercial da Sita, que fornece o sistema de autoatendimento às empresas.
Chamado no exterior de "self bag tag" (autoetiquetagem de mala, em tradução livre), o dispositivo é usado em aeroportos no mundo, como Chicago, Viena e Amsterdã, e também por companhias aéreas nos Estados Unidos.
Equipamentos de etiquetar bagagem integram um conceito chamado de "viagem rápida" difundido pela Iata, a associação internacional de transporte aéreo.
Esse projeto começou em 2007 e vai até 2020 --para 2013, o objetivo é atingir 20% em abrangência mundial.
Também integram a iniciativa de "viagem rápida" o check-in de autoatendimento e on-line, ambos já usados nos principais aeroportos brasileiros; a possibilidade de obter novo cartão de embarque se um voo for cancelado, além de portões de embarque eletrônicos e totens para atender passageiros cujas malas tiverem extraviado.
RICARDO GALLODE SÃO PAULO
Fonte: Folha.com.br (26.04.13)