Representantes do setor e especialistas discutem a confiança do brasileiro no varejo durante a APAS 2013

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(da esq. p/ dir.) Eduardo Ragasol (Nielsen),  Fernando Yamada (ABRAS), Alexandre Caldini Neto (Valor Econômico), João Galassi (APAS) e Nelson Barrizzelli (USP)

 

Participantes apresentaram pesquisa realizada pela Nielsen que destacou atitudes do consumidor, fator de escolha na hora da compra e otimismo


A confiança do brasileiro no varejo foi debatida ontem (7) pelos presidentes da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Fernando Yamada, da Associação Paulista de Supermercados (APAS), João Galassi, do jornal Valor Econômico, Alexandre Caldini Neto, e da Nielsen Eduardo Ragasol durante painel apresentado na 29ª edição da APAS - Congresso e Feira de Negócios em Supermercados, que acontece até amanhã na capital paulista.

 

 

O painel, mediado pelo professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) Nelson Barrizzelli, apresentou pesquisa realizada pela Nielsen que revelou que a confiança do consumidor está diretamente relacionada com o que é conhecido, com o que é respeitado e com o que transmite segurança. O estudo mapeou os atributos que possuem relação direta com a confiança. Entre os mais importantes estão a indicação, a experimentação, a informação disponível e o relacionamento. Foram ouvidos homens e mulheres responsáveis pela compra do domicílio, com predominância de pessoas casadas, com mais de um filho, das classes média e alta e nas faixas etárias de 25 a 39 anos e 40 a 55 anos.

 

Para o presidente da APAS, João Galassi, nem todos os consumidores têm a mesma percepção de confiança. Mesmo assim, na pesquisa, as palavras mais citadas são família e amigos, ou seja, aqueles mais próximos. "Nós, do setor varejista, entendemos que por isso temos que estar próximos para ganhar a confiança do consumidor", destacou Galassi.


No debate, o presidente da ABRAS, Fernando Yamada, ressaltou que uma das grandes conquistas do setor, no sentido de adquirir confiança do consumidor, foi abrir os supermercados aos domingos e feriados. "Além disso, estamos atendendo os anseios dos nossos clientes, investindo em tecnologia de saudabilidade, aquilo que faz bem à saúde.

Somos o setor que mais investe no que o consumidor quer", destacou Yamada.

 

Para o presidente do jornal Valor Econômico, Alexandre Caldini Neto, a quebra de confiança tem um custo social e emocional muito grave e interfere em todo o País. "Os juros, por exemplo, são reflexo da desconfiança na inadimplência", disse Caldini.


Atitudes que geram confiança

 

De acordo com a pesquisa, os consumidores confiam mais em produtos que podem experimentar, naqueles que possuem histórico de confiança, nos que têm imagem positiva e nos que, por necessidade, é preciso confiar.

 

Na avaliação do presidente da Nielsen, Eduardo Ragasol, esses itens emergem da proximidade que se tem com o consumidor. "Contudo, um dado importante que a pesquisa mostrou é que a loja precisa estar limpa e organizada. Isso atua diretamente na confiança e na percepção do consumidor sobre a organização do estabelecimento."

 

De acordo com Ragasol, o estudo apontou que a imagem das marcas é um importante gerador de confiança no varejo. "A renda mensal da família típica é de R$ 2.700 e ela não pode colocar em risco essa renda. Por isso, consomem as marcas em que confiam."

 

Fator de escolha do canal


Entre os estabelecimentos que se apresentam como mais confiáveis pelo consumidor estão os mercados de bairro, preferidos por 51% dos consumidores. Eles acreditam que nesses locais encontrarão bom atendimento.

 

Além disso, nesses pequenos estabelecimentos os clientes buscam preços baixos, conveniência e programa de fidelidade/caderneta. Para o presidente da APAS "o consumidor brasileiro ainda não tem plena confiança em comprar pela internet."

 

Consumidores continuam otimistas


A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado de São Paulo apontou, ainda, que no atual contexto, o Brasil continua com o mais alto índice de confiança do consumidor entre os países da América Latina, à frente, inclusive, de países como Chile e México.

Essa relação de confiança atrelada à economia do País reflete o consumo das famílias em bens duráveis e, em menor medida, de bens não duráveis.


Fatores externos inevitavelmente interferem no índice de confiança do consumidor. "A desoneração da cesta básica foi uma das melhores coisas que aconteceram", avalia Yamada.

 

Clique aqui e confira apresentação completa


A APAS acontece até amanhã (9/5) das 14h às 20h no Expo Center Norte, em São Paulo. Este ano, a Feira conta com uma área de 68 mil metros quadrados e 550 expositores nacionais e internacionais. A expectativa dos organizadores é receber aproximadamente 70 mil visitantes, entre empresários do setor e executivos do varejo, e uma geração em volume de negócios em cerca de R$ 5,5 bilhões durante os quatro dias de evento.

 

 

Fonte: Associação Paulista de Supermercados (APAS)


 


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