Belo Horizonte (6 de agosto) - Os queijos artesanais de Minas Gerais, a base de leite cru, poderão ser vendidos fora de Minas Gerais. Uma instrução normativa assinada na manhã de hoje, em Belo Horizonte, pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, altera a legislação anterior, dos anos 1950, e reduz o prazo de maturação mínimo de 60 dias, "quando estudos técnico-científicos comprovarem que a redução do período de maturação não compromete a qualidade do produto".
Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, as novas regras vão permitir o aumento da produção de queijos artesanais, hoje de 26 mil toneladas por ano, e a busca de novos mercados para o queijo artesanal. "Além de atender à demanda nacional, vamos poder buscar mercado (para o queijo artesanal) em qualquer lugar do mundo, aumentando a produtividade e melhorando as condições de vida do produtor mineiro", disse, ao final da solenidade, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).
As novas regras, que transferem aos órgãos estaduais a certificação do queijo artesanal, vão beneficiar 9,4 mil produtores que atuam nas cinco regiões de indicação geográfica registrada (Serro, Campo das Vertentes, Araxá, Cerrado e Canastra) e que só podiam comercializar seus produtos dentro de Minas Gerais. O setor gera 28,8 mil empregos diretos.
A instrução normatiza autoriza a redução do prazo de maturação e estabelece critérios para a higiene na produção do leite e fabricação e transporte do queijo. Para atender o mercado externo, os fabricantes terão de se adequar às exigências sanitárias dos importadores. Além dos dois ministros, o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, participou da solenidade.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (06.08.2013)