A regulamentação do Banco Central (BC) que disciplina o funcionamento das empresas de meios de pagamentos começa a valer em maio, mas já provoca uma pequena revolução no mercado de tíquetes alimentação e restaurante. As pequenas e médias empresas, que movimentam R$ 4 bilhões por ano, serão as mais atingidas pelas novas regras, mas todo o setor terá de mudar sua forma de fazer negócios. A aposta de empresários e consultores é que ocorra uma consolidação das companhias.
A maior polêmica envolve a exigência de que as empresas recolham recursos ao BC ou comprem títulos públicos equivalentes a 100% do saldo de tíquetes que emitem aos usuários de seus cartões, já que esses valores são um direito líquido e certo do trabalhador e, portanto, precisam estar separados do caixa das emissoras. Hoje, as empresas aplicam esses recursos no mercado até a data de pagamento dos fornecedores. A mudança significará um baque no fluxo de caixa, pois os recolhimentos ao BC, em tese, terão de ser feitos antes do pagamento dos empregadores. Além disso, haverá perda de parte da receita financeira.
Por Leandra Peres | De Brasília
Fonte: Valor Econômico (24.02.2014)