A limitação de clientes por unidade também é avaliada e, se necessário, a medida será implantada pela Acaps para a prevenção ao coronavírus
O medo e pânico provocados pela dissipação do coronavírus (COVID-19) tem gerado uma verdadeira corrida nos supermercados do Espírito Santo. Muitos capixabas fazem estoques de álcool gel e outros produtos, o que compromete o abastecimento de todos os clientes.
Segundo o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, a orientação para os supermercadistas é de restringir o número de frascos de álcool gel por consumidor, de acordo com o porte da unidade.
"A quantidade varia de acordo com o abastecimento recebido pelo supermercado. Se for uma unidade de grande porte, pode chegar até três frascos por cliente, por exemplo. E para suprir a demanda, a partir de hoje, haverá a liberação do álcool líquido 70%, até então proibido para a comercialização", explicou.
Quanto aos demais produtos comercializados nos supermercados, até o momento não há uma quantidade limitada por consumidor. Entretanto, o superintendente da Acaps não descarta a possibilidade e pede "prudência" e "bom senso" à população.
"Não há necessidade de se abastecer com uma quantidade ilimitada, não existe preocupação de desabastecimento. Mas é claro que a compra de produtos em excesso pode dificultar a logística para o reabastecimento das prateleiras. É preciso prudência e bom senso", pontua Schneider.
Limitação de clientes
A limitação de clientes por unidade está sendo avaliada no dia a dia e, se necessária, a medida será implantada pela Acaps como medida preventiva ao coronavírus, uma vez que a recomendação do Ministério da Saúde é evitar aglomerações. "Caso a superlotação persista, a decisão pode ser tomada. Estamos avaliando", finalizou o superintendente.
Comercialização do Álcool 70%
Na terça-feira (17), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que interrompe por 90 dias uma norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passa a liberar a venda de álcool líquido 70% para o consumidor individual. Aprovado, o texto segue para o Senado.
O objetivo da comercialização é suprir a demanda por álcool gel, item utilizado para a higienização, que passou por um crescimento gigantesco devido ao aumento de casos de coronavírus no Brasil.
Fonte: Folha Vitória – 18/03/2020.