Supermercados registram crescimento de 4,61% em fevereiro

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Os supermercados brasileiros registraram crescimento real de 4,61% em fevereiro na comparação com o mês de janeiro, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional. O resultado, já deflacionado pelo IPCA/IBGE, foi ainda maior quando comparado a fevereiro do ano anterior, 15,88%. No acumulado anual o setor registra alta de 10,35%.

 

“O autosserviço iniciou 2020 com um dos maiores resultados dos últimos 9 anos, 5,11%, e em fevereiro continuou bem positivo, registrando 4,61% de crescimento. Desde 2012 que não registrávamos um número tão bom para o mês.  Por ser ano bissexto, fevereiro teve um dia a mais, e contou com a composição de cinco sábados. O resultado também foi influenciado pelo Carnaval, que em 2019 foi no início de março”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), João Sanzovo Neto. 

 

Covid-19

 

O mês de março foi atípico para o setor supermercadista brasileiro, marcou o início do combate a propagação do coronavírus (covid-19) no país. O crescimento no número de casos da doença e o isolamento social orientado pelo Ministério da Saúde e seguido por governadores de diversos estados impulsionou a população nas compras de abastecimento.

 

“Recebemos um número de clientes acima da média de 14 a 21 de março. A maioria com o objetivo de estocar comidas para ficar mais tempo em casa. Isso deverá refletir nos resultados do mês, que serão divulgados no Índice Nacional de Vendas de abril. O movimento dos supermercados tem se normalizado, estamos trabalhando para manter as mais de 90 mil lojas funcionando e bem abastecidas. A cadeia produtiva é bastante extensa, desde o produtor até às gôndolas tem muita gente envolvida, e todos estão trabalhando normalmente. A logística segue em pleno funcionamento. Tirando alguns produtos específicos no combate da covid-19, como o álcool gel, o restante tem chegado diariamente nas lojas do setor.”

 

Abrasmercado

 

O *Abrasmercado, indicador que analisa os preços dos 35 produtos mais consumidos nos supermercados do país, registrou queda de -0,52% em fevereiro na comparação com janeiro, passando de R$ 511,58 para R$ R$ 508,92.  No acumulado dos 12 meses (fevereiro 2019/fevereiro 2020), o valor da cesta cresceu 7,04%.

As maiores quedas nos preços foram registradas nos produtos: carne traseiro (alcatra, filé mignon picanha, coxão mole, patinho, entre outras), -6,45%, batata, -4,49%, pernil, -3,47%, e queijo mussarela, -2,67%. E as maiores variações positivas foram observadas nos itens: biscoito cream cracker, 45,42%, tomate, 21,44%, biscoito maisena, 15,88%, e farinha de mandioca, 9,43%.

 

Regiões

 

Em fevereiro, as únicas regiões que apresentaram aumento no valor da cesta abrasmercado foram: Nordeste, 2,16%, que passou de R$ 438,10 registrados em janeiro, para R$ 447,55, e a Norte, 0,13%, que chegou a R$ 550,44 ante R$ 549,72, apurados no mês anterior.  A Região Centro-Oeste foi a que apresentou maior variação negativa, -1,48%, chegando ao valor de R$ 480,45.

 

*A cesta Abrasmercado não é a cesta básica, mas, sim, uma cesta composta por 35 produtos mais consumidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica.

 

 

Confira abaixo a tabela com o histórico do indicador Abrasmercado:

 

 

  

Índice de Confiança do Supermercadista

 

Os empresários do autosserviço estão menos otimistas em relação aos negócios, de acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela ABRAS em parceria com a GfK. Depois de uma alta, apresentada em dezembro, o indicador voltou a cair. A pesquisa registrou 57,6 pontos (numa escala de 0 a 100) na última avaliação, em fevereiro. Em dezembro, o índice estava em 63,6 pontos. Mesmo assim, o resultado continua positivo, isto é, acima dos 50 pontos, o que sinaliza boa expectativa para o ano.  Os principais motivos dessa queda na confiança citados pelos supermercadistas da pesquisa estão a economia com crescimento lento e gradativo, e os impactos do coronavírus (covid-19) no mercado.

 

 

 

  

Clique aqui e veja a apresentação na íntegra


Fonte: Portal Abras 

 

 


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