O grupo de serviços foi o que mais criou empregos no mês
Em março, foram criadas 184.140 vagas de trabalho com carteira assinada no país, de acordo com dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. As vagas são resultado de 1.608.007 admissões e de 1.423.867 demissões no período.
“O grande destaque é o setor que tinha sido mais golpeado durante toda a crise sanitária. O setor de serviços foi o grande destaque. Dos 184 mil empregos, praticamente a metade, 95 mil foram criados no setor de serviços. O último setor da economia que estava no chão se levantou e a economia brasileira segue criando empregos”, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes.
No país, o salário médio de admissão em março foi de R$ 1.802,65. O valor representa um aumento real de R$ 60,76 quando comparado com o mês anterior.
No acumulado de 2021, foi registrado saldo de 837.074 empregos, decorrente de 4.940.568 admissões e de 4.103.494 desligamentos.
Emprego por atividades econômicas
Os cinco grupos de atividades econômicas medidos registraram saldo positivo em março de 2021. No setor de serviços foram 95.553 postos; na indústria geral, 42.150; na construção, 25.020; no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, 17.986; e na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, 3.535.
Regiões e estados
As cinco regiões brasileiras apresentaram saldo positivo na geração de postos formais de trabalho, lideradas pelo Sudeste (+103.935 postos). Em seguida, estão a região Sul (+49.998), Centro-Oeste (+16.559); Norte (+8.944); e Nordeste (+4.790).
Das 27 Unidades da Federação, 23 tiveram saldo positivo. O estado com maior saldo foi São Paulo (+50.940 postos) e o que teve mais redução foi Alagoas (-8.310).
Nova edição do BEm
A medida provisória que relança o novo Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (Bem), foi assinada na terça-feira (27), pelo Presidente Jair Bolsonaro, com previsão orçamentária de R$ 9,8 bilhões para pagamento de folha e a expectativa de preservar 4,8 milhões de empregos, de acordo com o Ministério da Economia. As regras são as mesmas da primeira edição do programa.
O programa prevê a possibilidade de redução da jornada de trabalho e do salário dos empregados e a suspensão temporária dos contratos de trabalho, cumulada com o pagamento do benefício, por até 120 dias.
O ministro Paulo Guedes lembrou que a primeira rodada do BEm foi responsável pela preservação de milhões de empregos e, agora, o benefício foi renovado antes que a economia brasileira comece a fechar postos de trabalho. “No ano passado, surpreendidos pela crise, quando lançamos o Bem, já foi um antídoto à perda de empregos, já estávamos perdendo empregos. Este ano, ao contrário, estamos criando empregos e já lançamos o BEm”, afirmou.
O secretário especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, Bruno Bianco, apresentou um balanço da primeira rodada do BEm. A medida preservou aproximadamente 10 milhões de empregos, cerca de 1,5 milhão de empresas foram alcançadas e quase R$ 36 bilhões foram gastos para pagamento de folha e acordos individuais e coletivos.
Medidas trabalhistas
O secretário Bruno Bianco destacou a importância da Medida Provisória, que também foi editada nessa terça-feira (27), que traz a possibilidade de iniciativas trabalhistas temporárias para preservação do emprego que podem ser adotadas pelos empregadores em razão da Covid-19. Segundo ele, a iniciativa ajuda as empresas, os empregadores e empregados com desburocratização trabalhista.
“Traz aí para a economia algo em torno de R$ 40 bilhões, desburocratizações diversas que tocam todas as empresas, as micro, as pequenas, as médias e as grandes”, ressaltou o secretário Bruno Bianco.
No texto, estão medidas como o teletrabalho, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas, banco de horas, diferimento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS), entre outros.
Saiba mais sobre as medidas trabalhistas
Fonte: Governo do Brasil – 28/04/2021