Painelistas com grande experiência no tema ESG e Sustentabilidade estiveram presentes no Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento ABRAS ESG 2024
Entre os temas abordados no Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento ABRAS ESG 2024, realizado na última segunda-feira, 10, no B Hotel, em Brasília, a pauta ESG foi um dos mais aguardados pela plateia presente e pelo publico que acompanhou todo o evento ao vivo através do canal da ABRAS no Youtube.
Na sessão 5, bloco de fechamento do Fórum, reuniu dois temas relevantes: conhecimento sobre ESG e cases de sucesso em ESG na Cadeia Nacional de Abastecimento.
Maria Eugênia Buosi, sócia de ESG Finance da KPMG, deu início a sua fala alertando sobre o olhar que precisamos ter para esse tema tão urgente e necessário. “Eu acho que cada vez mais o ESG tem sido visto e considerado como uma prótese de qualidade de gestão. E é assim que a gente precisa olhar esse tema, para que assim, possamos dar o próximo passo”.
Como qualquer outro tema que surge no mundo, o ESG também tem seus desafios em ser implantado. “Nós vemos ainda uma certa resistência sobre o tema e muitas vezes trazendo essa questão: por que eu que tenho que fazer isso? E na verdade a gente precisa trocar isso para o: por que não eu? Porque não eu entender onde essa agenda representa riscos efetivos a minha continuidade de negócio e onde essa agenda representa oportunidades efetivas de melhoria da gestão do meu negócio e, por consequência, da minha competitividade de mercado, da minha geração de resultados operacionais e financeiros”.
E para finalizar a sua participação, Buosi declarou “entendendo que o custo de não fazer está ficando cada vez mais alto. A gente precisa olhar essa agenda, como uma agenda estratégica e como, principalmente, uma agenda de oportunidade”.
Painelista também na sessão 5, Karla Brandão, Executiva Institucional e de Relações Governamentais da ABIHPEC, fez uma breve retrospectiva sobre a presença do tema ESG no Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento ABRAS ESG 2024. “Já é o quarto encontro que a gente faz esse Fórum e uma semente plantada lá atrás pela ABRAS, reunindo todos nós da cadeia de abastecimento, sem dúvida vem gerando frutos. Quando a gente fala de disseminação, de conceitos ESG, eu acho que foi uma provocação muito interessante, positiva e bem-vinda para cada um de nós que faz parte aqui da bancada de levar isso como uma lição de casa e trabalhar junto aos nossos associados para multiplicar esse conceito.
Então, não só as iniciativas que a gente viu acontecendo e permeando a realidade dentro do varejo, que junta as cadeias, iniciativas lideradas pela ABRAS como pesquisa, implementação de cartilhas e outras iniciativas, mas nós dos setores que abastecem o varejo, fizemos também essa lição de casa. Então, eu acho que é muito bom a gente poder chegar hoje e compartilhar um pouco desses frutos e atualizar um pouco das iniciativas que andaram acontecendo”.
Convidado para integrar a sessão 5, o Senado e Presidente da Frente Parlamentar do Comércio, Serviços e Empreendedorismo no Senado Federal – FCS, Efraim Filho, deu a sua visão sobre o ESG e informou da sensibilidade que essa tem dentro Senado.
“É um tema que dialoga com o amanhã, o futuro e o presente. E legislar sobre esse tema é um dos grandes desafios temos no senado uma legislação que está em andamento, acho que a autoria dela é do senador Messias, de Roraima. É um tema que tem um pouco a ver também com algo que está no radar do senado que é a transição energética.
Nós temos feito toda essa discussão de transição energética, de descarbonização, regulamentação do mercado de carbono. Então, você com transparência ou redução de custos de outros conceitos que fazem parte do ESG. Com certeza, esse caldo cultural que sai de eventos como esse, vocês encontrarão, como sempre, no meu gabinete, uma porta aberta”.
Para finalizar a sessão 5, foram apresentados alguns cases. O case em ESG apresentado por Eduardo Leão, Presidente da CropLife, é voltado para a logística reversa das embalagens dos defensivos químicos. “Hoje já reciclamos 94% das embalagens e trago aqui como foco, o papel da indústria de insumos agrícolas para a segurança alimentar. A CropLife representa quatro setores de insumos agrícolas: os defensivos químicos, os defensivos biológicos, a biotecnologia e as sementes. O nosso papel nesse processo é auxiliar na otimização de processos, no sistema de produção para os trópicos e uma combinação de tecnologias, que basicamente estão muito associadas as nossas associadas na CropLife para melhoramentos de plantas, biotecnologia, defensivos químicos e biológicos”.
Ele finalizou apontando alguns dos benefícios que as soluções tecnológicas da CropLife têm trazido para a produção agrícola e aumento da segurança alimentar: aumento da vida útil de frutas e hortaliças, redução de perdas, entre outros.
A apresentação do segundo case, sobre o palete PBR, ficou a cargo do Vice-presidente de Relações institucionais e Administrativo da ABRAS, Marcio Milan. “O palete PBR foi criado e discutido em 1988. Foi feito todo um estudo da necessidade de se utilizar na cadeia de abastecimento como um todo, um palete que seria um palete intercambiável e em 1990, nós criamos um palete PBR, que era um palete padronizado com a capacidade de suportar até algo em torno de 1200 quilos. E um palete padronizado, ele encaixaria nas carrocerias dos caminhões, nos porta-paletes dos CD’s, as indústrias poderiam automatizar todo o seu processo, além da intercambiabilidade, uma vida útil prolongada e com certeza, alinhado aos objetivos do ESG.
Ele então pontou as quatro perspectivas do palete PBR: econômica, social, ambiental (com o uso de madeira reflorestada, preservando o meio ambiente) e a governança. “Eu acho que uma das coisas que o palete PBR traz é que nós conseguimos, durante esse período, mapear e quantificar o quanto que essa medida tem colaborado também para o meio ambiente”.
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Fonte:Redação SuperHiper.