A desoneração dos impostos federais que incidiam sobre os produtos da cesta básica, deve auxiliar no controle da inflação no País. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, ontem, que essa medida “ajudará na luta contra a inflação”, apesar de ainda não saber qual será o impacto da medida sobre a alta dos preços.
“Esperamos que isso logo chegue aos índices de inflação”, afirmou. “É uma medida importante que beneficia as famílias de baixa e média renda, bem como a luta contra a inflação que o governo vem travando. Temos certeza de que ela (inflação) vai permanecer sob controle”, acrescentou Mantega.
O anúncio da retirada dos tributos federais aconteceu, na última sexta-feira, e foi feito pela presidente Dilma Rousseff, em rede nacional de rádio e televisão. Na oportunidade, ela disse que a medida tem potencial de redução de preços que varia de 9,25% a 12,5%, em alguns produtos. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Teruó Yamada, “a primeira redução deve ficar entre 3% e 6%. Em até duas semanas, pode ir a 9,25%”, destacou.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
O ministro da Fazenda explicou que essa diferença deve-se ao crédito tributário gerado por PIS/Cofins, o que, na prática, significa que o empresário paga um pouco menos de 9,25%. “Vamos atuar para que o efeito da medida seja amplo e para que a redução se aproxime do valor que foi anunciado pela presidente”, afirmou o Mantega, acrescentando que alguns repasses da medida já estão acontecendo.
Ele afirmou, também, que as desonerações de folha de pagamento para determinados setores da economia, que ainda estão em análise, e reduções de tributos vão continuar.
“A desoneração vai continuar até chegarmos numa carga fiscal compatível com a competitividade do País”, informou. Tais medidas visam aumentar a possibilidade de os produtos fabricados no Brasil terem mais chance de competir com os importados no mercado interno, bem como terem preços compatíveis no mercado internacional, aumentando o volume das exportações.
Veículo: O Estado - CE