Sistema pode baixar preços e reduzir espera em filas, mas cortará empregos
Os preços nos supermercados podem ficar mais em conta com o uso de novo sistema nas lojas. Em fase de testes no Paraná, no Sul do país, os caixas automatizados que dispensam trabalho de operadores estão em alta e agradam empresários que pretendem gastar menos com mão de obra — situação que deve se refletir de maneira positiva no preço.
“Supermercados trabalham com margem de lucro que favorece a entrada de capital, assim, se os empresários gastam menos com funcionários, podem fazer com que os preços fiquem mais acessíveis para o consumidor”, explica Aylton Fornari, presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio (Asserj).
Ao longo deste ano, a novidade chegará a São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Nesses caixas, o cliente registra cada produto pelo código de barras e em seguida o coloca na sacola, que fica apoiada sobre uma balança para verificar se o peso corresponde ao do item, para evitar furtos.
Câmeras também são usadas para reforçar a segurança. Sozinho, o próprio consumidor faz o pagamento com cartão de crédito ou débito.
Apesar do otimismo de empresários e de possível redução nos preços, caso a moda pegue no Brasil, o Sindicato dos Comerciários do Rio prevê desemprego entre os operadores. “Automação de sistemas é prejudicial para o trabalhador porque substitui a mão de obra humana”, argumenta Otton Roma, presidente do sindicato, ao defender a necessidade dos operadores nos caixas de supermercados.
Estados Unidos têm sistema
No Brasil, a estimativa é diminuir de 20% a 30% o tempo de espera no caixa. Além disso, no espaço de dois caixas comuns podem ser instalados quatro deste tipo.
Erika Depa, que há quatro anos mora nos Estados Unidos, aprova o sistema. “Aqui, eles estão em todo lugar e, nos mercados, posso pagar tudo e ir para casa sem a ajuda de ninguém. Assim, as filas praticamente não existem”, reforça.
A novidade é uma aposta do setor supermercadista para diminuir as filas. “O uso dos caixas não é determinado pela idade do cliente, mas pela pressa na hora de fazer as compras”, afirma Fernando Yamada, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Veículo: O Dia - RJ