As vendas dos supermercados deverão aumentar 5% neste ano em comparação ao ano passado, na expectativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgada ontem. A taxa de crescimento foi fixada em razão do desempenho positivo em novembro, quando as vendas acumuladas desde janeiro cresceram 5,65% ante o mesmo período do ano passado.
Apenas em novembro, o aumento real foi de 3,26% frente a outubro e de 9,78% em comparação com novembro de 2012. Esses resultados já são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.
O desempenho foi considerado bastante animador pelo presidente da Abras, Fernando Yamada. "As vendas até novembro mostram que o nosso setor alcança resultados muito positivos neste ano e as perspectivas continuam muito boas para as vendas de final de ano. O Índice de Vendas mais uma vez apresentou crescimento expressivo em novembro, sobre o mesmo mês do ano anterior, o que mostra que o brasileiro continua consumindo bem, pois sua renda permanece estável. Devemos concluir 2013 com vendas acima dos 5% em relação a 2012, o que sem dúvida é um ótimo resultado", afirmou.
Rendimento – O levantamento mensal feito pela Abras mostra que a massa de rendimento habitual da população brasileira ocupada registrou aumento de 2,3% em novembro frente ao mesmo mês do ano passado. Esse fator continua impulsionando o consumo.
Os economistas da associação destacam que outro fator que tem contribuído para manter aquecida a economia como um todo é a baixa taxa de desemprego nacional.
Nominalmente, o índice de vendas da entidade registra crescimento acumulado de 12,28% de janeiro a novembro em comparação com o mesmo período do ano passado. Em novembro, houve elevação nominal de 16,12% frente ao mesmo mês de 2012 e de 3,82% sobre outubro. Os resultados estão dentro das expectativas do segmento.
Abrasmercado – A cesta composta por 35 produtos de largo consumo registrou alta de 0,34% ante outubro ao terminar novembro em R$ 359,86, enquanto o índice IPCA do IBGE apresentou aumento de 0,54%.
Seus itens e desempenho são pesquisados pela consultoria GfK e o estudo tem abrangência nacional. Frente a novembro do ano passado, a elevação foi mais expressiva, de 6,82%. No ano, o crescimento acumulado foi de 5,28%, comportamento superior ao do IPCA no mesmo período, que registrou variação positiva de 4,95%.
As altas mais expressivas foram as do tomate (13,39%), batata (5,98%), pernil (4,93%) e desinfetante (3,85%). Os dois primeiros foram afetados por variações sazonais de oferta e o aumento da demanda pressionou os preços da batata e do pernil. Os itens que apresentaram as maiores quedas foram feijão (5,90%), leite longa vida (4,25%), creme dental (1,60%) e extrato de tomate (1,04%).
O estudo apresentou, também, os maiores aumentos acumulados de janeiro a novembro deste ano frente ao mesmo período de 2012, que foram os da farinha de trigo (31,3%), farinha de mandioca (22,8%), massa sêmola de espaguete (22,3%) e leite longa vida (21,8%). Já os produtos com as maiores quedas no mesmo período foram os da cebola (23,3%), óleo de soja (18,1%), açúcar (12,1%) e arroz (7,4%).
Regional – O levantamento da Abras também apresentou o desempenho das cestas em cada região do País em novembro frente a outubro. A de maior valor foi a do Norte, de R$ 428,47, com ligeiro recuo de 0,48%. Em seguida, ficou a do Sul, cotada a R$ 386,70. Seu valor é 0,50% maior que a do mês anterior.
No Sudeste, a cesta situou-se em R$ 341,80, com queda de 0,48%. Já a do Centro-Oeste apresentou um pequeno avanço de 0,84% ao terminar novembro em R$ 323,91. A do Nordeste apresentou majoração mais expressiva de 1,28% ao ficar em R$ 308,98.
Veículo: Diário do Comércio SP