Conheça o grupo Zaragoza, a rede de mercados que mais cresceu no País em 2013, e confira os seus planos
A cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, exibe uma das mais elevadas rendas per capita do País, com R$ 14.580, cerca de 50% acima da média nacional. Esse cenário, que conjuga bons empregos, alto padrão de renda e qualidade de vida, foi decisivo para fazer da Zaragoza o grupo supermercadista que mais cresceu entre as 20 principais redes do varejo de alimentos no País no ano passado. A empresa, fundada pelo emigrante espanhol Cleber Gomez, faturou 25,4% a mais do que em 2012, com receitas de R$ 1,37 bilhão, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Com isso, a Zaragoza ultrapassou a rede carioca Zona Sul, assumindo a 19ª posição do ranking da Abras, liderado pelo Pão de Açúcar.
Trata-se de um resultado e tanto quando se considera que o mercado teve uma expansão de 5,5% em relação a 2012, fechando o ano com um movimento total de R$ 272,2 bilhões. “O nosso maior diferencial é o foco no público do Vale do Paraíba, que conhecemos muito bem e que tem alto poder de compra”, afirma Flávio Almeida, cofundador e diretor-comercial do grupo. “Também atendemos o pequeno varejo, que está muito mais maduro do que alguns anos atrás e tem crescido acima da taxa do mercado.” Com apenas uma década de existência, o grupo é dono de 13 lojas das bandeiras Villareal Supermercados, voltado para o consumidor final das classes A e B, e da Spani Atacadista, que tem como clientes os pequenos varejistas, restaurantes e bares.
Tanto o nome do grupo quanto o de suas marcas fazem referências à Espanha, terra natal de Gomez, um homem discreto e avesso aos refletores. Nos últimos anos, o grupo tem investido, em média, R$ 35 milhões, estimulado pelo ritmo de abertura de uma loja por ano. Mas, para 2014, os planos são mais agressivos. Há três novas lojas em preparação, o que vai elevar a previsão de investimentos para R$ 65 milhões. “Há uma parcela do público que fugiu dos hipermercados para comprar nos atacarejos”, diz Almeida. Segundo ele, a venda direta para restaurantes feita pela Spani garante a continuidade e o aumento das receitas. “Para nós, a tendência do brasileiro em fazer mais refeições fora do lar veio para ficar”, afirma.
Veículo: Isto É Dinheiro