A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) espera um crescimento real de cerca de 2% nas vendas do setor em 2015. Segundo o presidente da entidade, Fernando Yamada, apesar do cenário de aperto econômico, os empresários do segmento acreditam que essa alta continua sendo possível.
A Abras projeta um crescimento leve no desemprego, para 5,5%, ainda considerado baixo. A projeção da entidade para a inflação ficou em 6,8%. Yamada afirmou estar preocupado com as interrupções de prevenção no sistema de distribuição de energia elétrica. Segundo ele, o Brasil tem capacidade para produzir energia para o País inteiro, mas que é necessário investir forte na infraestrutura do sistema para que ele funcione. O presidente lembrou que o setor gasta cerca de 1,5% do faturamento com os custos energéticos, valor que pode subir até 1,7% caso haja racionamento. De acordo com o gerente de atendimento da Nielsen, Fábio Gomes, os produtos que possuem diferenciais para o consumidor devem apresentar uma resistência maior à piora do ambiente econômico.
"O consumidor ganhou um poder de compra nos últimos anos que ele não está disposto a perder. Quando as pressões inflacionárias o obrigam a cortar alguma coisa, ele prefere continuar comprando alimentos diferenciados no mercado e reduzir o consumo fora de casa." Yamada advertiu que os números estão em análise e podem ser revisados ainda no primeiro semestre.
Veículo: Jornal Sumaré (27/01)