Vendas crescem 2,2% em 2014, menos da metade do avanço de 2013
O setor de supermercados teve em 2014 a mais baixa taxa de crescimento dos últimos oito anos. No ano passado, as vendas reais subiram 2,24%, o menor índice desde 2006, quando houve retração de 1,6% nas vendas. O crescimento real foi menos da metade do registrado em 2013 (5,4%), mas foi visto, pelo setor, como positivo em relação ao desempenho geral da economia, já que o PIB (Produto Interno Bruto) terá expansão inferior --analistas estimam que a economia brasileira tenha crescido pouco mais de 0,1% em 2014.
O resultado de 2014, porém, superou a previsão anterior de crescimento da Abras (Associação Brasileira de Supermercados): 1,9%. O índice está deflacionado pelo IPCA (indicador oficial de inflação).
Para 2015, a associação de supermercados prevê alta de 2% nas vendas reais na comparação com 2014.
ENERGIA E ÁGUA
Questionado sobre o impacto do esperado reajuste nas tarifas de energia para os supermercados, o presidente da Abras, Fernando Yamada, afirmou que o custo da energia representa em torno de 1,5% do faturamento dos estabelecimentos, percentual que poderá subir para 1,7%.
"Nossa perspectiva [de impacto nos preços] é mais na ponta da produção", disse ele, em referência a ajustes praticados pela indústria no valor dos produtos, também influenciados pelo aumento no preço dos combustíveis, além de oscilações cambiais.
Yamada acrescentou que a Abras não está prevendo falta de energia no ano.
Em relação a problemas ligados à disponibilidade de água, o executivo afirmou que muitas redes supermercadistas já adotam a captação de água da chuva para utilização na área de limpeza com o objetivo de reduzir o consumo.
Veículo: Folha de S. Paulo