São Paulo. Um dos indicadores sobre a situação do varejo, a falta de produtos nas gôndolas (ruptura) mostrou queda nos últimos dois meses. Depois de o índice de ruptura atingir 11,16% em março, houve recuo para 10,21% em abril e 10,03% em maio, segundo levantamento da NeoGrid/Nielsen.
Para o diretor de relacionamento do varejo da NeoGrid, Robson Munhoz, a redução da ruptura tem relação com as perspectivas da nova política econômica do País. "Houve maior investimento em produtos variados, o que consequentemente reduziu as faltas nas prateleiras", diz.
Outro motivo para a queda da ruptura é que as vendas do setor cresceram 0,24% no primeiro quadrimestre deste ano, segundo pesquisa do Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), e a indústria, na contramão das previsões, registrou avanço em abril - com destaque para a indústria de alimentos, que teve alta de 4,6% em relação ao mês anterior.
Vale notar, no entanto, que a Abras informou, ontem, que as vendas do setor em maio recuaram 2,16% ante abril, em termos reais, e 2,13% ante igual período de 2015. Com isso, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2016, a vendas dos supermercadistas caíram 0,23% em relação a igual intervalo do ano passado.
Segundo Robson Munhoz, é importante lembrar que a redução ainda é muito sensível e que a ruptura se mantém elevada - apesar de não representar nenhum risco de abastecimento de produtos. Historicamente, segundo ele, os varejos registravam índices de ruptura de em torno de 8%.
Preços
Sobre a cesta com os principais produtos comprados pelo brasileiro em maio, a Abras verificou alta de 0,07%, passando R$ 465,28, em abril, para R$ 465,62 em maio. Por regiões, a maior alta de preços foi observada no Norte (1,62%), com a cesta regional chegando a R$ 512,94. O Nordeste teve a maior queda (2,10%), atingindo o valor de R$ 404,05.
Veículo: Diário do Nordeste