O preço da cesta básica retraiu 2,95% em maio na comparação com abril em Cuiabá. O valor somado de 35 produtos, que constituem itens básicos para a consumo das famílias, passou de R$ 413,59 para R$ 401,38, entre um mês e outro.
A queda foi puxada pela baixa no valor do frango congelado, que ficou 22,81% mais barato. Em contrapartida, o sabonete foi o item que ficou mais caro, com aumento de 56,49%. Os dados fazem parte do levantamento mensal do Abras Mercado, indicador compilado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Uma peculiaridade chama atenção no valor da cesta básica pago pelas famílias cuiabanas em maio, já que 14 itens tiveram aumento, 14 produtos tiveram variação e outros 7 permaneceram com custo estável. Entre os produtos que ficaram mais caros, estão a batata (10,44%), o café torrado (1,67%), a cebola (9,85%), a cerveja (1,82%), a farinha de mandioca (13,01%), o feijão (9,87%), o leite em pó (1,20%), o ovo (3%), o pernil (0,24%), o queijo mussarela (0,73%), o sal (1,93%), o papel higiênico (0,79%), o sabonete (56,49%) e o detergente (0,83%).
O indicador Abras leva em consideração uma estimativa média de consumo mensal, não apenas a unidade ou por peso unitário. Por sua vez, a queda registrada em maio, atingiu o açúcar (-0,33%), o arroz (-0,84%), a carne dianteiro (-6,87%), a carne traseiro (-6,34%), o extrato de tomate (-5,91%), a farinha de trigo (-0,60%), o frango congelado (-22,81%), o espaguete (-11,98%), o queijo prato (-5,93%), o refrigerante (-0,61%), o tomate (-13%), o creme dental (-3,86%), a água sanitária (-5,13%) e o desinfetante (-3,14%).
O economista Edisantos Amorim explica que o problema climático interferiu nos preços dos produtos nas gôndolas. “Em algumas regiões tivemos escassez de chuva, que prejudicou as lavouras. Outro problema que também pesa sobre o preço final é o combustível e nós tivemos variações no valor do produto no 1º semestre”.
O especialista explica que o dólar também influencia o preço de alimentos ou produtos dolarizados, como é o caso do trigo, que barateou 0,60% em maio para o consumidor, refletindo a relativa queda do dólar no período.
VENDAS - O valor instável dos alimentos refletiu na queda de 0,23% nas vendas dos supermercados brasileiros, entre janeiro e maio deste ano, na comparação com igual período do ano anterior. “Podemos observar que a expectativa do consumidor começa a melhorar, mas a atividade econômica ainda se ressente das dificuldades do ano passado e por isso, o nível de desemprego continua subindo, o que reflete nas vendas do setor”, explica o presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda.
Veículo: Florestanet