Apes estima que crescimento no estado será de, no mínimo, 3% acima da expectativa nacional de 0,67%
As ceias de Natal e réveillon em Pernambuco deverão ser mais gordas que no resto do Brasil. De acordo com a pesquisa sazonal da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para este final de ano, o crescimento no varejo nacional será de 0,67%, o que indica uma estabilidade em relação a 2015. Já a Associação Pernambucana de Supermercados (Apes) estima que o crescimento no estado será de, no mínimo, 3%, o que demonstra uma recuperação da economia pernambucana.
Em relação a contratações, porém, o otimismo se inverte. Enquanto que o número de empregos temporários no país fica em torno de 26,4 mil, não há estimativa de abertura de no estado. Edvaldo Rodrigues, presidente da Apes, ressalta que, aqui, as contratações mais expressivas ocorrerão apenas nas grandes indústrias como Sadia, Perdigão e Mauricéia, que já estão em busca de promotores para ações dentro dos supermercados.
"Estamos mais confiantes que o resto do Brasil, é fato. O estado já voltou a gerar emprego e o otimismo está presente novamente. A data é tradicional e, a cada ano, temos mais produtos nacionais se destacando nas ceias, o que também dá opções aos consumidores na hora da compra", afirma Rodrigues. Segundo ele, os pernambucanos seguirão a aposta nacional quanto a preferência por frangos especiais, frutas e cerveja, que devem ser mais consumidos este ano. "Outro item que deve se destacar por aqui é o uísque, que é mais preferido que o vinho. Nisso, iremos destoar das apostas nacionais", completa. O peru, na opinião do presidente da Apes, será secundário. "Também apostamos nos espumantes nacionais e regionais, como o Rio Sol, que é uma marca pernambucana."
estimativa
Os dados divulgados pela Abras comprovam a queda de 1,55% nas vendas de peru neste Natal sobre o total de 2015, enquanto a estimativa para frango congelado é de uma alta de 3,66%. Para cervejas e refrigerantes as altas previstas são de 4,08% e 4,33%, respectivamente, sobre o ano anterior. Ainda de acordo com o estudo, 16% dos empresários irão aumentar os estoques para o período em comparação à mesma época no ano passado. O número daqueles que esperam vendas piores e estão reduzindo os estoques é maior, de 28%.
A maioria dos supermercadistas, contudo, prevê estabilidade nas vendas, com 56% dos empresários afirmando que deverão manter o número de pedidos junto à indústria e fornecedores igual ao de 2015. É o caso de Marco Filho, gerente comercial do grupo RM Express, que garante que está mantendo o volume de compras de 2015, mesmo acreditando em um crescimento. "Estamos otimistas e, desde agosto, trabalhamos para oferecer mais diversidade de itens e preços no final de ano. Nossos kits sairão a partir de R$ 50, estamos investindo muito em produtos nacionais e também apostamos nos importados. Ano passado, o câmbio estava muito desfavorável e os preços subiram. Agora, a realidade é outra", reforça. Para ele, apesar dos valores mais acessíveis dos produtos importados, ainda assim, os itens nacionais sairão ganhando. "Haverá opção para todos os bolsos nas nossas lojas e, com essa diversidade, esperamos crescer 10% neste Natal."
Fonte: Diário de Pernambuco