O saque do saldo nas contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ter impacto positivo de até 0,61 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativa divulgada pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
Caso se comprove, o impacto do saque ajudará o país a encarar o terceiro ano seguido de recessão. Pela previsão da equipe econômica do governo, o Brasil crescerá este ano 0,5%. Sem o FGTS, teria-se uma queda da economia.
O mercado financeiro prevê crescimento ainda menor, de 0,34%, segundo o mais recente boletim Focus, pesquisa semanal feita pelo Banco Central junto a um grupo de instituições financeiras. Ou seja, o saque das contas inativas responderia por quase metade do pífio crescimento.
A injeção de dinheiro do FGTS é uma medida que vai na contramão das teses ortodoxas defendidas pela equipe econômica. A sua adoção foi decidida para tentar melhorar a imagem do Governo Temer.
Segundo o Ministério do Planejamento, houve redução da inadimplência, do endividamento e do comprometimento da renda, além de alta da confiança do consumidor e do comércio no período de liberação dos recursos.
“O reflexo no consumo foi verificado por indicadores do comércio varejista, como o volume de vendas de supermercados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o volume de vendas de celulares da Associação Brasileira da Indústria de Eletroeletrônicos (Abinee) e o licenciamento de veículos”, acrescenta comunicado do Ministério.
Fonte: Monitor Digital