Os preços no supermercado de produtos de alto consumo tendem a subir acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2018, conforme a previsão da GfK feita durante a Convenção Nacional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Itens como leite e feijão devem puxar as altas, segundo previu o diretor da GfK, Marco Aurélio Lima.
O ano passado foi marcado por uma queda de 7,1% nos preços nos supermercados brasileiros. O indicador leva em conta uma cesta com 35 produtos entre os mais consumidos. Para Lima, há uma tendência de que os alimentos tenham uma alta este ano num esforço de recuperação de margens dos produtores.
Apesar de esperar elevação de preços, o diretor da GfK não vê um impacto negativo desse efeito no volume de vendas dos supermercados. Para ele, os aumentos de preço mais significativos devem vir de itens de alta necessidade, cuja demanda varia pouco. Além do leite e do feijão, as carnes tendem a sofrer alta, comentou.
Otimismo
A confiança dos empresários do varejo de supermercados segue em alta este ano, conforme dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em fevereiro, o indicador de confiança subiu pela quinta medição consecutiva e segue sinalizando otimismo.
O indicador de confiança marcou 55,7 pontos em fevereiro deste ano. Números acima de 50 indicam otimismo. O indicador começou a subir em meados do ano passado, partindo de 48,4 em junho de 2017.
Durante a Convenção Nacional do setor no Rio de Janeiro, o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, avaliou que os empresários têm demonstrado maior confiança com a recuperação econômica. A melhora do otimismo sinaliza ainda maior disposição a investir, disse.
Lojas
O setor de supermercados desacelerou seu ritmo de abertura de novas lojas e, em 2017, cresceu 0,4% em quantidade de pontos de venda, nível abaixo do registrado em anos anteriores. Segundo a Abras, o ritmo de crescimento era de 0,5% em 2016.
Fonte: Aracatiaçu em ação