Os supermercados brasileiros registraram crescimento de 0,22% nas vendas em termos reais em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2017, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O número considera o faturamento do setor já descontada a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No acumulado do primeiro bimestre do ano, as vendas reais registram elevação de 1,57% na comparação com os dois primeiros meses de 2017. Em termos nominais, houve crescimento de 2,77% nas vendas de fevereiro ante igual mês do ano anterior. No bimestre, o resultado nominal é crescimento de 4,98%.
A Abras destaca que, em fevereiro, o setor de supermercados foi surpreendido porque os preços de alimentos registraram queda, muito embora fosse esperada uma recuperação de preços após a deflação registrada em 2017. O IPCA Alimentos registrou recuo de 0,33% em fevereiro.
A queda de preços de alimentos tem afetado o faturamento dos varejistas porque não há, necessariamente, aumento no volume vendido de forma a compensar perdas com a queda de preço. Além disso, a estrutura de custos do varejo não encolheu na mesma velocidade da queda na receita.
Em razão do impacto da queda de preços, o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, afirmou que o resultado de fevereiro ficou abaixo do esperado. Em nota, ele reiterou a expectativa da entidade de alta gradual nos preços de alimentos em 2018.
Preços
Os preços de produtos em supermercados brasileiros caíram 1,82% em fevereiro de 2018 na comparação com janeiro do mesmo ano, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras.
O preço total da cesta chegou a R$ 442,88 em fevereiro, ante R$ 451,10 em janeiro. Na comparação com fevereiro de 2017, houve queda de 6,27%. Entre as maiores altas de fevereiro, estão produtos como cebola, cujo preço subiu 26,1% e ovo, com alta de 2,8%. Já entre as maiores quedas estão a batata, que recuou 5,45%, e o frango congelado, com queda de 4,91%.
Fonte: Exame