O aumento discreto nas vendas dos supermercados, divulgado na terça-feira pela Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), não tem sido sentido nos estabelecimentos do setor na cidade. Gerente de um supermercado, Priscila Rodrigues conta que o consumo tem se mantido estável neste ano, inclusive durante o último mês.
Segundo ela, a demanda de consumo tende a aumentar quando há alguma ação específica. “Nos dias de promoção a procura é maior, mesmo assim, o número de vendas se manteve estável em julho. Não registramos aumento, nem queda nas vendas”, afirma a gerente.
As promoções realmente costumam chamar a atenção dos clientes, como o casal Maria Aparecida da Cruz e Plínio Ferreira da Cruz. “Vamos ao mercado uma vez por semana para fazer a despesa necessária, mas sempre correndo atrás do melhor preço”, diz a dona de casa.
Já Carlos Alberto, pai das gêmeas Carla e Carolina, conta que vai ao mercado até três vezes no mesmo dia. Segundo as filhas, ele faz compras menores em variados mercados, pois também procura por um preço mais acessível.
Balanço
As vendas nos supermercados registram ligeira alta de 1,91% de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado em todo o território nacional, segundo o balanço divulgado na terça-feira (4) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Em julho, as vendas registraram crescimento de 1,12% em relação a junho e alta de 0,30% na comparação com o mesmo mês de 2017. Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram alta de 1,45% na comparação com o mês de junho e, quando comparadas a julho do ano anterior, crescimento de 4,78%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 5,34%.
De acordo com o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, o resultado real acumulado mostra uma desaceleração no ritmo das vendas do setor. “A recuperação da economia ainda é lenta, embora a taxa de desemprego esteja em queda, ainda atinge cerca de 13 milhões de brasileiros economicamente ativos, o que impacta diretamente no poder de compra das pessoas. Mas nossas expectativas para os próximos meses são boas, com o pagamento da primeira parcela do 13º dos aposentados e a liberação do PIS/Pasep, acreditamos que a economia ganhará um impulso a mais nesse segundo semestre”, afirmou, em comunicado.
Fonte: Jornal de Jundiaí