O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, participou de um encontro promovido pela Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS) e a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) na quinta-feira (06), em Brasília. Cintra fez uma apresentação sobre reforma tributária e afirmou que a medida tem como objetivo de criar um ambiente econômico mais favorável ao Brasil e que ela toca intensamente na totalidade da sociedade brasileira.
O secretário comentou uma reunião sobre modelo tributário que está sendo realizada hoje no Banco Mundial com especialistas da Austrália, Canadá e Índia, países com estruturas federativas semelhantes às do Brasil e onde a reforma deu certo.
Cintra informou, ainda, que a ideia do governo é de que a reforma trabalhe em três vertentes: mudanças no imposto de renda, a criação de um imposto único federal e a desoneração das folhas de pagamentos. “A ideia é de que o projeto seja feito em conjunto com a sociedade, pois só quem vive a realidade do imposto é que sabe onde precisa mudar”.
O grupo também recebeu o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), Carlos Alexandre da Costa, que apresentou assuntos de interesse do setor de Comércio e Serviços que estão na pauta do governo. “Uma das funções da Sepec é de ouvir, discutir junto com o setor privado e trabalhar por uma pauta que seja prioritária”, disse.
Um dos principais pleitos da Unecs, a verticalização bancária foi comentada pelo secretário, que disse haver um trabalho não apenas em torno da verticalização, mas também em práticas ilegais da concentração bancária.
Sobre a FCS, Costa disse que ela poderia se chamar Frente Parlamentar do Emprego, já que mais da metade das vagas geradas no Brasil estão no setor.
O deputado Efraim Filho, presidente da FCS, destacou o encontro como muito produtivo no que diz respeito à pauta prioritária do setor de Comércio e Serviços, amplamente discutida hoje. Sobre a reforma da Previdência, Efraim disse haver hoje um clima de evolução e busca de consenso. “É um desafio, mas acho que conseguiremos votar antes do recesso parlamentar”, opiniou.
Após as apresentações, presidentes e executivos das entidades que formam a Unecs discutiram assuntos internos da entidade e o diretor-presidente da Rede, Marcos Magalhães, fez uma apresentação sobre o mercado de pagamentos no Brasil, dando destaque às mudanças ocorridas desde a década de 50. Segundo ele, precisamos mudar a forma como lidamos com o dinheiro.
Para George Pinheiro, presidente da CACB e da Unecs, esta quinta-feira foi um dia diferente para o setor, que conseguiu abranger diversos assuntos e atores de grande importância, em um só lugar. “Foi, sem dúvida, um encontro muito produtivo. Conseguimos abranger diversos assuntos, discuti-los e nos preparar para o momento importante pelo qual o Brasil vai passar com a Nova Previdência”, disse.
Sobre a Unecs
Criada em 2014, a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços é formada pelas seguintes instituições: Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Confederação Nacional de Dirigentes e Lojistas (CNDL) e Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). A Unecs é responsável por 15% do PIB brasileiro; 65% das operações de crédito e débito no país e pela geração de 22 milhões de empregos diretos.
Fonte: CACB