Lançamentos de atacarejos disparam em 2021 no Sul do país

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Setor de varejo alimentício enfrentou inúmeras mudanças no comportamento do cliente diante a pandemia, retorno dos preços altos e queda no poder aquisitivo

 

Os investimentos no atacado de autosserviço se intensificaram este ano e devem manter o fôlego em 2022. O movimento ocorre em um período em que a perda da renda média e a inflação alta levam o consumidor a trocar serviços por produtos mais baratos. O formato atrai médias e grandes redes, seja com abertura de unidades ou remodelação de operações. “O cliente busca atacarejo, supermercado ou o armazém próximo, o que tiver o preço mais baixo. E está em busca de preço, mesmo que seja em local sem diferenciais, com poucos serviços e menos oferta de marcas”, explica Antonio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).

 

No quesito preço, pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o atacarejo é mais em conta na comparação a outros tipos de loja, como supermercados e hipermercados. Em média, a cesta básica de alimentos fica 18% mais barata nos atacarejos. Em determinados produtos, a diferença de valor chega a 33%.

 

Fábio Bentes, economista-chefe da CNC, afirma que o desemprego e a inflação ajudam a explicar a preferência pelo modelo também chamado de cash and carry. “Diante da crise e da perda do poder aquisitivo do brasileiro, é comum ver a explosão dos atacarejos no País. Essa economia que proporcionam torna o negócio mais atraente para as pessoas”, explica.

 

Ao mesmo tempo em que o modelo vem atraindo o consumidor pelo bolso, o autosserviço amplia a oferta de todos os formatos de loja, em especial, atacarejos.

 

No total do ano até setembro, foram inauguradas 138 lojas, reinauguradas 151 e reformadas outras 74. Nas vendas, os atacarejos não deixam a desejar. De acordo com Marcio Milan, vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), lideram a expansão do setor em 2021 no País.

 

Apenas a rede Comercial Zaffari, de Passo Fundo, inaugurou três lojas do atacarejo Stok Center em três meses. Em setembro, fez sua estreia em Porto Alegre. Em outubro, abriu em Lagoa Vermelha. E, no dia 23 de novembro, inaugurou sua segunda unidade em Caxias do Sul, totalizando 19 filiais no Rio Grande do Sul. Para 2022, serão até cinco unidades.

 

De acordo com estudo anual da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), foi justamente este modelo o que mais ampliou o número de lojas durante a pandemia. Com faturamento de R$ 64,7 bilhões, o setor cresceu 24,9% em 2020.

 

Um dos motivos da aceleração foi a invasão de consumidores pessoa física no autosserviço de atacado, que tinha entre pequenos comerciantes seus principais clientes, especialmente donos de restaurantes e lanchonetes. Entre os motivos que permitiram essa expansão estão a desobrigação de comprar em grandes quantidades e a possibilidade de pagar com cartão de crédito de bandeiras variadas.

 

O cenário negativo levou as pessoas a priorizar o custo mais baixo. Trocaram as prateleiras mais sortidas dos super e hipermercados pelos atacarejos, que têm cerca da metade de marcas disponíveis. Outra mudança, especialmente nos primeiros meses de pandemia, foram as restrições de circulação de pessoas nas ruas, o que reduziu as visitas às lojas, e estimulou a compra de produtos em volumes maiores para garantir estoques em casa.

 

Segundo o executivo, o comportamento vem sendo mantido também em 2021. “Muitas pessoas precisaram se reinventar e começaram, por exemplo, a empreender na cozinha. Com isso, o serviço de atacarejo é uma opção bastante interessante”, complementa Oliveira. Outra mudança notada nas lojas do Atacadão foi o aumento de procura por alimentos frescos, além dos itens de saúde e higiene.

 

O cenário negativo levou as pessoas a buscarem economia e estoques, dois quesitos atendidos pelos atacarejos. Muitos tiveram de se reinventar e empreender, em razão da retração das atividades econômicas, outros tiveram sua renda achatada, tendo de pesquisar preços menores e mais competitivos. Outra consequência da Covid-19 foi a redução de idas às lojas, o que estimulou a compra de produtos em volumes maiores para estocar em casa.

 

Empresas aceleram investimentos no Estado

 

Entre os grupos que estão acelerando investimentos em atacarejo está o Unidasul, detentora das bandeiras Macromix e Supper Rissul. Com nove lojas em oito municípios do Rio Grande do Sul, o Macromix Atacado prevê abertura de três lojas apenas em 2022, em São Leopoldo, Portão e Tramandaí. Segundo Rafael Lubini, gerente de marketing da UnidaSul, serão gerados cerca de 700 novos postos de trabalho. O projeto de ampliação da rede veio após a implantação de um centro de distribuição (CD) em 2020.

 

Com um projeto de expansão gradual desde a abertura do primeiro atacarejo Leve Mais, o Grupo Asun prepara a abertura de uma filial em Tramandaí, no Litoral Norte, no verão de 2022. Hoje, a rede conta com são seis lojas da bandeira Leve Mais, número que se mantém nos últimos dois anos, conta Jacques Baptista, gerente comercial do Grupo Asun.

 

Todo o movimento no mercado gaúcho atrai também marcas de fora do Estado. É o caso do Grupo Pereira, maior rede supermercadista de Santa Catarina, que prepara sua chegada ao Rio Grande do Sul. São Leopoldo, no Vale do Sinos, abrigará o primeiro centro de distribuição do Grupo Pereira. O anúncio oficial foi em 14 de outubro deste ano. Como a aquisição do imóvel ocorreu apenas um mês antes, em setembro, somente agora a empresa começou a desenvolver o projeto para readequação do espaço como centro de distribuição de alimentos, onde funcionava uma fábrica da Hyundai Elevadores.

 

Segundo Cristiano Paulo Abrahão Caron, gerente nacional de Expansão e Galerias Comerciais do Grupo Pereira, a localização do espaço logístico foi estratégica por ficar no meio do caminho entre as unidades de atacarejos que serão instaladas em 2022 nos municípios de Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Canoas e Porto Alegre. Estão previstos investimentos de R$ 150 milhões e abertura de 1,2 mil postos de trabalho.

 

Novas e tradicionais redes aproveitam expansão do consumo

 

O atacado de autosserviço no Rio Grande do Sul está em franca expansão. Vem recebendo investimentos de redes locais e de outros estados, de médio a grande porte. Conforme relatou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, grupos tradicionais que já atuavam no atacarejo estão abrindo novas lojas e outros estão estreando no modelo.

 

O Carrefour inaugurou, neste ano, 36 unidades do Atacadão e outras oito estão previstas até o final do ano. Os locais das novas operações não foram divulgados pela empresa. No Rio Grande do Sul, o Carrefour reabriu as lojas Makro com a bandeira Atacadão em Porto Alegre, Caxias do Sul e São Leopoldo. Há ainda um projeto para nova operação em Uruguaiana, mesmo que não confirmada oficialmente pelo grupo e, portanto, sem previsão de data de abertura.

 

No Rio Grande do Sul, o Atacadão conta com 12 lojas de autosserviço e um atacado de entrega, localizados em Sapucaia do Sul, Gravataí, Rio Grande, Novo Hamburgo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Estrela, Viamão, São Leopoldo e Caxias do Sul. Ao todo, são cerca de 5,2 mil colaboradores diretos e indiretos no Estado.

 

Embalado pelo bom desempenho, o Grupo Imec inaugurou no dia 25 de novembro uma loja Desco em Montenegro. Em dezembro, vai estrear em Porto Alegre, com uma operação no bairro Floresta. Outras duas unidades, em Esteio e Santa Cruz do Sul, também foram abertas este ano. A marca já soma oito filiais. Fundado há 66 anos em Lajeado, a empresa tem 17 supermercados da marca Imec e oito atacados Desco no Estado.

 

A primeira unidade Desco foi aberta em 2010. Em 2015, começaram as conversões de loja. E, em 2018, foi concebido um novo conceito de atacado. “Desenvolvemos o modelo para atender as necessidades específicas dos comerciantes e de clientes de média e baixa renda, fundamentalmente a partir de anos 2000”, explica Leonardo Taufer, diretor-presidente do Grupo Imec.

 

Atento às tendências do cenário nacional de consumo, o Desco, que une super e atacado, apostou no conforto dos clientes, que contam com ar condicionado e estacionamento. Também ampliou a oferta com produtos perecíveis, criou uma central de manipulação de carne e deu atenção ao setor de hortifruti. “Atendemos o cliente que precisa fazer dinheiro render mais e também quem busca conveniência, além do cliente contínuo, que é o comerciante, pois o estoque dele é o nosso”, detalha Taufer.

 

Exemplo de quem estreou recentemente modelo cash and carry foi o Grupo Peruzzo, de Bagé. Após a inauguração da primeira unidade da bandeira Ecomix em Alegrete, em agosto de 2020, a empresa já abriu sua segunda loja em junho deste ano em Bagé. O presidente do Grupo, Lindonor Peruzzo, tem uma meta ambiciosa pela frente: inaugurar uma unidade por ano.

 

Com a pandemia, atacarejos recorreram também às vendas digitais

 

A pandemia acelerou projetos de e-commerce das redes de atacarejo e levou outras marcas a estrearem no ambiente virtual.

Atualmente, no Carrefour, mais da metade das vendas on-line de alimentos do Grupo são provenientes do Atacadão. O canal digital da marca, com apenas um ano de funcionamento, foi responsável por 56% das vendas digitais de alimentos no terceiro trimestre. Em uma base sequencial, o canal cresceu 113%. A parceria com aplicativos de entrega já está disponível em 119 lojas em 20 estados, com cobertura de 90% dos municípios do País.

 

Em entrevista recente ao Valor Invest, Jorge Faiçal, presidente da varejista GPA, afirmou apostar no crescimento acelerado do comércio eletrônico no setor do autosserviço. Hoje, o e-commerce de supermercados representa 1% a 1,5% e, segundo o executivo, deve chegar até 8% nos próximos cinco anos.

 

No Macromix, do Grupo UnidaSul, o setor de televendas auxilia os clientes em compras maiores, negociando e até gerenciando e coleta e entrega de mercadorias. Mas as unidades de Xangri-Lá e Torres vão além: vendem por meio de delivery e e-commerce, ampliando o raio de atendimento do Macromix na região.

 

Planejado para 2021, a abertura do canal e-commerce do Grupo Imec foi antecipada para o ano passado, com a chegada da pandemia. De acordo com Leonardo Taufer, que comanda a empresa, mais do que volume de vendas, o objetivo foi poder dispor produtos para os consumidores que não tinham condições de locomoção. Hoje, o projeto está em expansão, com quatro unidades com operação on-line: Farroupilha, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e Lajeado. “O projeto está desenhado para ampliar o número de lojas, vamos basear em pesquisas para atender estes mercados”, explica Taufer.

 

Outra rede que estreou no e-commerce no ano passado foi o Grupo Asun. “Tínhamos planos de vender pela internet, mas não de curto prazo. Fomos obrigados a começar e hoje estamos já bem mais organizados”, afirma Jacques Baptista, gerente comercial do Grupo Asun. Já o Comercial Zaffari, que já tinha presença digital no Interior, ampliou sua atuação. Desde setembro, disponibilizou vendas on-line na Capital.

 

Queda na renda e alta da inflação acendem alerta

 

A chegada da pandemia e a pressão inflacionária no Brasil reforçaram a importância dos atacarejos. Mas a queda da renda dos brasileiros, que estimulou uma busca maior por este modelo de loja, agora acende um alerta. Isso porque a inflação está corroendo o poder de compra da população. “Quando aumenta luz, energia, gás de cozinha e gasolina, o dinheiro gasto com esses itens sai da mesa das famílias”, explica o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados, Antonio Cesa Longo.

 

Para se ter uma ideia do peso da inflação na Região Metropolitana de Porto Alegre, o IPCA ficou em 9,02% no acumulado do ano até outubro. Em 12 meses, avançou para 11,92%. Os indicadores estão acima da média do País, que fechou em 8,24% no ano e, em 12 meses, 10,67%, segunda vez que o indicador fecha na casa dos dois dígitos em cinco anos. O índice se mantém acima do teto da meta para 2021, que estava estimada em 5,25%.

 

De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, o aumento de preços, principalmente de produtos básicos, não ocorre apenas no Brasil, mas no mundo, e é reflexo do fechamento de economias em razão da pandemia. Mas o Brasil tem um ingrediente a mais: a desvalorização cambial. Após cair 22,4% em relação ao dólar em 2020, o real perdeu mais 9% do valor este ano até outubro.

 

“A queda na renda é um ponto de atenção”, afirma Rafael Lubini, gerente de marketing da UnidaSul, que administra o Macromix. Mas ele descarta desabastecimento, em razão da instalação de uma central logística com capacidade de manter os negócios por longos períodos. Para o executivo, o consumo está mudando, não em relação ao gasto médio, mas no tipo de item. “O consumidor procura promoções, embalagens econômicas, produtos que tenham algum ganho financeiro e principalmente o trade down, a substituição de marcas”.

 

O atacarejo oferece preços mais vantajosos e já é opção para 47% dos lares brasileiros, segundo dados da Nielsen. “Somos líderes de segmento e estamos ajudando os consumidores e os pequenos negócios a enfrentarem este cenário de inflação e pandemia. O custo baixo alinhado com a eficiência operacional são fundamentais neste momento e é esta a proposta de valor do Atacadão: ter os menores preços e sortimento”, diz Marco Oliveira, CEO do Atacadão.

 

O mesmo propósito é destacado por Leonardo Taufer, diretor-presidente do Grupo Imec. “Nosso objetivo é fazer com que cliente sinta menos o impacto da inflação. Não conseguimos filtrar todos os impactos da cadeia produtiva, porque estamos também inseridos em um ambiente em que as commodities e os combustíveis subiram e o câmbio impacta”, destaca o executivo.

 

Apesar das dificuldades econômicas, que podem prejudicar as vendas, o Grupo Asun, dono da marca Leve Mais, está otimista neste final de ano e em relação a 2022. “Atacarejo é um segmento que está em expansão e gera muito mais oportunidades econômicas que atraem os diversos clientes”, explica Jacques Baptista, gerente comercial do Grupo Asun, Leve Mais.

 

No Grupo Unidasul, a proximidade com o final do ano, principal época de vendas, o avanço da vacinação e a volta das atividades econômicas geram confiança. “Cremos que 2022 será um ano dividido em dois momentos, o primeiro semestre ainda como momento de recuperação e o segundo como estabilização e avanços”, considera Rafael Lubini, gerente de marketing da UnidaSul, que administra o Macromix.

 

A percepção de aumento de vendas no fim deste ano é compartilhada por Marcio Milan, vice-presidente da Abras. “Há expectativa de que famílias irão comemorar mais, pois está tudo aberto. É um momento de consumo e devemos ter crescimento em volume”, informa o executivo. Em nível local, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) estima manter o volume físico de 2020, mas em receita é esperado crescimento nominal de 8% na comparação à mesma base. Se considerar o IPCA do período, o índice ficará negativo.

 

Mudança no perfil de consumo altera canais de vendas

 

No levantamento feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), das 74 lojas reformadas entre janeiro e setembro de 2021, a maioria teve como objetivo transformar supermercados e, especialmente, hipermercados, em atacarejos. “Há um movimento de empresas que já atuavam no atacarejo: estão migrando as unidades de hiper e super para atacarejo, algo que cresceu a partir de agosto”, destaca Marcio Milan, vice-presidente da Abras.

 

Essa migração é reforçada pela recente estratégia das empresas pertencentes ao varejista francês Casino. Após tentar melhorar os resultados da bandeira de hipermercados Extra Hiper, que enfrentava forte concorrência de atacarejos, o Grupo GPA anunciou em outubro a venda de 71 lojas do Extra para o Assaí, abandonando o segmento de hipermercado. Ambos – GPA e Assaí – são controlados pelo Casino.

 

O Grupo Zaffari, que detém as redes de Supermercados Zaffari e Bourbon Hipermercados, não prevê atacarejos em seu planejamento atual, mas não descarta a possibilidade de investir no segmento para atender as mudanças de perfil do consumidor. O grupo informou, em nota, que “está atento aos diversos canais de abastecimento de produtos essenciais e perecíveis, principalmente”. No comunicado, o Grupo ainda destaca que “outras questões estão se tornando relevantes, como os novos adensamentos populacionais, o abastecimento de segmentos intermediários para além do consumidor final, compras rápidas, necessidades diferentes em quantidades e embalagens que podem gerar variações de formatos, tamanhos, produtos e serviços. E alguns hipermercados convencionais, com suas grandes áreas de venda, por influência destas e outras variáveis estão se transformando.”

 

E conclui: “O Grupo Zaffari naturalmente passa por estes desafios de definição na busca das soluções mais adequadas aos consumidores de cada novo local no seu planejamento de novas unidades. No entanto, não há por ora, nenhuma novidade no planejamento desenvolvido”.

 

Entendendo o atacarejo?

 

O atacarejo é um modelo de comercialização que reúne as características e conceitos do atacado e varejo. Deste modo, o atacarejo, também conhecido como Cash and Carry, foca em proporcionar preços de atacado, com serviços que se aproximam do modelo praticado no varejo.

 

Características

 

– Preço baixo, alto volume de vendas e autosserviço.

Origem

– O conceito foi criado na Alemanha, em 1964, pelo professor Otto Beisheim, ao abrir o primeiro estabelecimento de Cash and Carry na cidade de Mulheim. A ideia era simples: fazer com que o cliente pudesse escolher o produto na prateleira e levá-lo diretamente para casa, evitando a intermediação de vendedores e, assim, garantir um preço abaixo dos tradicionais mercados.

 

Os investimentos no atacado de autosserviço se intensificaram este ano e devem manter o fôlego em 2022. O movimento ocorre em um período em que a perda da renda média e a inflação alta levam o consumidor a trocar serviços por produtos mais baratos. O formato atrai médias e grandes redes, seja com abertura de unidades ou remodelação de operações. “O cliente busca atacarejo, supermercado ou o armazém próximo, o que tiver o preço mais baixo. E está em busca de preço, mesmo que seja em local sem diferenciais, com poucos serviços e menos oferta de marcas”, explica Antonio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).

 

No quesito preço, pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o atacarejo é mais em conta na comparação a outros tipos de loja, como supermercados e hipermercados. Em média, a cesta básica de alimentos fica 18% mais barata nos atacarejos. Em determinados produtos, a diferença de valor chega a 33%.

 

Fonte: Jornal do Comércio


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