Estoques elevados e inflação alta levaram empresa a rever previsões para o segundo semestre
O Walmart reduziu projeções para o segundo trimestre e para o resto do ano fiscal diante os altos níveis de estoque e a alta da inflação e incluiu nas vendas líquidas um impacto cambial de cerca de US$ 1 bilhão.
A varejista americana espera perdas de US$ 1,8 bilhão no segundo semestre com base nas taxas de câmbio atuais. A empresa espera crescimento de 6% nas vendas em lojas comparáveis, excluindo combustível, nos Estados Unidos no segundo trimestre em relação ao ano anterior, mas o crescimento vem de itens menos lucrativos.
A receita operacional, excluindo as unidades vendidas, deve cair entre 10% e 12% no ano fiscal que termina em janeiro de 2023. Em maio, a empresa disse que esperava queda de 1% no lucro operacional, desconsiderando efeitos cambiais, abaixo da estimativa anterior de aumento perto de 3%.
A empresa ressaltou que as mudanças se devem a um mix mais pesado de alimentos e combustíveis, o que está afetando negativamente sua taxa de margem bruta.
A estimativa é que os lucros ajustados por ação para o segundo trimestre e para o ano fiscal devem cair de 8% a 9% e de 11% a 13%, respectivamente.
O presidente-executivo, Doug McMillon, disse que o setor de vestuário no Walmart dos Estados Unidos está exigindo mais dólares de remarcação. O executivo disse que a empresa prevê mais pressão sobre mercadorias, mas a varejista está na expectativa pelo início das vendas de material escolar no país.
A atualização das projeções do Walmart vem no momento em que consumidores estão cortando gastos em resposta à inflação recorde nos EUA.
A empresa divulga os resultados trimestrais em 16 de agosto.
Há pouco, as ações caíam quase 10% na bolsa de Nova York, cotadas a US$ 119 no pregão regular, os papéis fecharam em leve queda de 0,14%, a US$ 132,02.
Fonte: Dow Jones, Valor