O ano começa tumultuado para os sócios da maior rede varejista em atuação no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar (GPA), Abilio Diniz e Jean-Charles Nauori. A criação do comitê de governança corporativa volta a ser o centro das discussões entre os executivos.
Contrário à criação Abilio Diniz usou no mês de dezembro - mesmo período em que abriu novo processo em câmara arbitral para garantir seus direitos como presidente do conselho do grupo, que segundo o brasileiro têm sido violados pelo atual controlador do GPA - um parecer de Nelson Eizirik, jurista e ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliarios (CVM) que contestou a decisão do sócio majoritários, o Grupo Casino, de criar o novo órgão interno na varejista. A resposta do presidente do grupo francês Naouri, foi fazer o mesmo e solicitar a Luiz Leonardo Cantidiano, para fazer sua defesa. Ao que tudo indica, Cantidiano divulgará seu parecer no final deste mês. O Casino, encaminhou na semana passada, por meio de Leonardo Cantidiano, ao vice-presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar, o executivo Arnaud Strasser, uma carta informando sobre a ajuda que concederá ao grupo francês.
Em 2012, por mais que os executivos tentassem uma convivência amigável, isso não ocorria. Constantemente as discussões a cerca do futuro do grupo Pão de Açúcar tornaram-se publicas com trocas de acusações entre o sócio majoritário - o Casino - e o empresário brasileiro, sócio minoritário.
Rumores afirmavam que estava em negociação a saída definitiva de Abilio Diniz do GPA, mas com os fatos ocorridos nos meses anteriores, isso parece estar fora dos planos do filho do fundador da rede. Recentemente, o empresário brasileiro vendeu uma porcentagem de ações preferenciais do Pão de Açúcar (com direito a voto), alegando que a família Diniz está diversificando suas aplicações.
Veículo: DCI