O grupo supermercadista francês Carrefour anunciou ontem que suas vendas líquidas subiram 1,3% no segundo trimestre de 2013, para 20,46 bilhões de euros em moeda constante. O câmbio do Brasil e da Argentina, devido à contínua depreciação das moedas, teve um impacto negativo de 1,9% sobre o resultado global. Considerando a variação cambial, as vendas registraram queda de 0,6% no período analisado pela empresa.
Nos seis primeiros meses do ano, as vendas totalizaram 41,01 bilhões de euros, o que também corresponde a uma elevação de 1,3%, considerando também moeda constante. Já com as taxas atuais do câmbio, as vendas no semestre caíram 1%.
No Brasil, o crescimento permaneceu forte "em todos os formatos" em que a rede opera, com as vendas orgânicas subindo 9,5% no segundo trimestre, enquanto na Argentina a alta das vendas foi de 23,8% em moedas constantes, incluindo crescimento orgânico de 16,2% no mesmo período.
Já na China, as vendas orgânicas cresceram 4,6% em moedas constantes. Na América Latina, as vendas líquidas aumentaram em 11,7% em moedas constantes, para 3,88 bilhões de euros, e as vendas orgânicas subiram 11%.
Entre abril e junho, as moedas exerceram um impacto negativo de 10,5% no desempenho do grupo na região, em função da contínua depreciação do real e do peso argentino contra o euro. Considerando os efeitos do câmbio, as vendas na região registraram alta de 1,2%.
No semestre, as vendas na América Latina somaram 7,85 bilhões de euros, correspondendo a alta de 12,8% em moeda constante, com crescimento orgânico de 12,5%. Já considerando as taxas atuais do câmbio, o avanço apurado foi de 0,5%.
Especulações
Mesmo com o menor crescimento no mercado brasileiro, ao que tudo indica a rede não cortará os possíveis investimentos que fará aqui. Em abril deste ano, o executivo-chefe e presidente do Conselho de Administração do Carrefour, Georges Plassat, afirmou que a rede tem trabalhado para expandir suas operações no Brasil e na China. No mês passado, o executivo reafirmou os planos para operação brasileira e acredita que para se recuperar da crise internacional - Europa em recessão a mais de um ano - serão necessários, no mínimo, três anos. O Brasil e a China são o segundo e o quinto maiores mercados do grupo francês, respectivamente.
Mas as s especulações sobre o fechamento de operações continuam. Fontes do setor, afirmaram no começo deste mês de julho que o Carrefour que pretende fechar as operações da China (mesmo sendo a quinta melhor operação) e de Taiwan, mas a informação não foi confirmada.
Veículo: DCI