Setor em Minas confirmou as boas previsões de vendas e fechou 2013 com um faturamento de R$ 26,8 bilhões
O setor supermercadista mineiro confirmou as boas previsões de vendas e fechou 2013 com um faturamento da ordem de R$ 26,8 bilhões, apurando crescimento real de 4,93% em relação a 2012. No entanto, segundo informa o superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, a preocupação agora é com a redução de despesas, tendo em vista queda de rentabilidade da ordem de 25%.
Com o corte de subsídios para o setor, em meados do ano passado, a energia elétrica passou do 12º para o 3º maior custo dos supermercados, ficando atrás somente da mão de obra e aluguéis.
"Nossa rentabilidade passou de uma média de 2,1% para 1,5% ao ano", ressalta Rodrigues. Segundo ele, esta questão foi motivo de reuniões com representantes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) que alegaram não ter havido aumentos significativos, mas sim a retirada de subsídios.
"Havia tarifações diferenciadas em alguns horários. Sem esses subsídios, os custos subiram 80%", observa. Segundo Rodrigues, a maior fonte de despesas continua a ser a mão de obra. Pelas suas contas, desde o Plano Real, o salário mínimo aumentou 945,45%, enquanto a inflação no período foi de 338,63%.
"A previsão é de elevação, com o reajuste do salário mínimo", indica, ressaltando que a opção do setor, composto por 6.542 lojas no Estado, é otimizar processos para redução de custos.
Mão de obra - "Não há como reduzir custos com a mão de obra, nem com aluguéis ou com tributos", reconhece. Deste modo, a indicação é realizar economias como revisão em sistemas elétricos, trocar motores, e investir no setor de compras para conseguir melhores preços.
"É o pente fino do pente fino", resume. A hipótese de aumento de preços como meio de compensar esses incrementos é refutada por Rodrigues. " um tiro no pé. A concorrência não permite".
Para 2014, ainda não há projeção, mas Rodrigues acredita que seja possível alcançar crescimento no faturamento nos mesmos patamares de 2013. "Não estamos pessimistas, pois este é um ano eleitoral, sem previsão de pisadas no freio e a Copa traz um clima de otimismo, favorável às vendas". A preocupação, insiste o dirigente, continua a ser com a rentabilidade.
Expansão - Mesmo com as dificuldades enfrentadas ao longo do ano passado, Adilson Rodrigues confirma a abertura de 45 lojas e investimentos da ordem de R$ 300 milhões, e ressalta os bons níveis de emprego e renda, que permitiram o incremento anual e a variação mensal.
O Termômetro de Vendas indicou que, em dezembro, houve crescimento real de 16,4% em relação a novembro, o que já era previsível, tendo em vista as festividades do final do ano.
As regiões que apresentaram maior crescimento foram a Zona da Mata, com 22,61%; Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (19,08%) e Norte/Nordeste e Rio Doce, com 17,33% cada. Os menores crescimentos foram apurados na região Central (13,35%); Centro-Oeste (15,46%) e Sul (16,43%).
Veículo: Diário do Comércio - MG