Entre as reivindicações prioritárias, está uma lei que regulamente a relação do distribuidor com os fornecedores
Com um faturamento em torno de R$ 200 bilhões/ano, mais de um milhão de pontos de vendas atendidos e movimentando cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) do País, o setor de atacado e distribuição aguarda o resultado das eleições para se aproximar mais do próximo do governo e pleitear o atendimento às demandas do segmento. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), José do Egito Frota Lopes Filho, "independente de quem seja eleito no dia 26 de outubro, vamos sugerir propostas positivas para o País e não só para o setor. E que sejam executadas as reformas que precisam ser feitas", frisa.
Entre as reivindicações prioritárias, ele destaca a criação de lei que regulamente a relação do distribuidor com os fornecedores; inclusão do representante comercial autônomo no Simples Nacional, exclusão da substituição tributária para optantes do Simples Nacional; atualização do limite de opção de R$ 3.600 para R$ 4.800 no mínimo; alterações na lei referente à jornada do motorista; e reabertura do prazo de adesão ao Refis.
"Estamos apoiando a Frente Parlamentar Mista dos Agentes de Abastecimento do Pequeno e Médio Varejo porque queremos uma legislação que possa reger o distribuidor, pois hoje não existe", reforça. "Quanto à inclusão do representante comercial no Simples, isso já conseguimos. Mas vamos tentar enquadrá-lo numa faixa menor, pois onde ele está hoje, o percentual de imposto ainda é muito alto", explica.
Quarto convidado do evento "Almoço com o Presidente", do Centro Industrial do Ceará (CIC), José do Egito apresentou ontem, na Fiec, aos industriais cearenses, a potencialidade do setor e os convidou a participarem da 35ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor, que será realizada pela segunda vez no Centro de Eventos, na Capital cearense, no próximo ano.
Participação
De acordo com o presidente da Abad, em 2015, a Feira deve contar com cerca de 220 expositores - 20 a mais em relação as duas últimas edições - 2014 (Curitiba) e 2013 (Fortaleza). Ele preferiu, porém, se abster de fazer projeções. "Como a economia não respondeu a altura do que esperávamos, se tivermos números iguais a feira passada já será positivo. Mas como o Ceará tem sempre um atrativo maior e a edição 2013 foi muito boa, não descartamos a possibilidade de crescimento", afirma.
Integrante do único setor da indústria cearense que participou da Abad 2013, em Fortaleza, o presidente do CIC e ex-presidente do Sindquímica, José Dias de Vasconcelos Filho, afirma que pretende estimular as indústrias cearenses a participarem da feira.
Veículo: Diário do Nordeste