Expectativa da Amis para este ano é de alta de 2,6%
O setor supermercadista mineiro encerrou 2014 com faturamento de R$ 27,32 bilhões, alta de 1,96% em relação ao resultado de 2013, considerando o mesmo número de lojas entre os exercícios. Quando incluídas as unidades inauguradas no decorrer do ano passado, o incremento foi um pouco maior e chegou a 2,48% sobre 2013. As estimativas iniciais da Associação Mineira de Supermercados (Amis) davam conta de um crescimento de pelo menos 3,5% sobre o ano anterior, o que não ocorreu. Para 2015, a entidade estima alta de até 2,6%.
Os dados são do Termômetro de Vendas, divulgado na sexta-feira pela associação. Segundo o superintendente da Amis, Adilson Rodrigues, os números confirmam as previsões da entidade no fim do exercício passado. "Em ambos os casos os resultados ficaram próximos da expectativa que existia no segundo semestre, após a Copa do Mundo e as eleições, quando prevíamos crescimento anual de 2% no conceito Àmesmas lojas" e 2,6% no conceito Àsetor atualizado"", observa.
Rodrigues ressalta que, apesar de o resultado de 2014 não ser digno de comemoração, é válido ressaltar que ocorreu em cima de uma base forte, uma vez que em 2013 foi registrado incremento de 4,98%, e que a conjuntura econômica do ano passado não era favorável.
"De qualquer maneira, tivemos eleições no ano passado, que sempre injetam algum dinheiro no mercado. Além disso, o nível de emprego e a renda das pessoas foram mantidos e parte dos gastos foi direcionada aos supermercados", afirma o superintendente da Amis.
Em termos de regiões, Rodrigues chama atenção para o desempenho da região Central - que inclui a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) no último mês do ano passado. Enquanto a maioria apresentou aumento acima de 20% sobre novembro, nessa região a alta foi de apenas 15,05%. Isso, segundo ele, pode ser atribuído às primeiras conseqüências do desaquecimento dos setores da economia. "Em um cenário de crise os grandes centros são os primeiros a registrar retração", aponta.
O maior crescimento ocorreu no Centro-Oeste (26,83%), seguido pela Zona da Mata (26,59%), Sul (26,45%), Vale do Rio Doce (26,37%), Norte/Nordeste (17,97%), Triângulo/Alto Paranaíba (16,3%) e Central (15,05%).
Já para 2015 é esperada alta real de 2% no faturamento do setor e de 2,6% quando consideradas as novas lojas, que deverão somar pelo menos 70 ao fim deste exercício. Para isso, os supermercados mineiros deverão investir algo em torno de R$ 300 milhões que incluirão ainda reformas de 75 lojas.
Pequenas lojas - "Tanto o montante a ser aportado quanto o número de pontos de atendimento a serem abertos estão menores em relação ao ano passado, quando somamos aproximadamente R$ 340 milhões e 85 novas lojas. que o perfil neste exercício é diferente. O foco ocorrerá nas pequenas unidades", revela o superintendente.
Conforme Rodrigues, esta é uma tendência cada vez maior do setor. Inclusive, em 2015, diferentemente dos anos anteriores, não somente as pequenas empresas investirão em pequenas lojas, mas também as grandes redes. "Trata-se de uma característica bastante forte do setor. As grandes redes, para preservarem suas participações de mercado, vão transitando em todos os segmentos possíveis. Aconteceu isso com as lojas gourmet, com as vendas virtuais e agora com as lojas de pequeno porte", explica.
Veículo: Diário do Comércio - MG