Atacado sustenta ganho do GPA e Carrefour no 1º tri

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Em um movimento de adaptação ao atual cenário macroeconômico brasileiro, as duas maiores varejistas do País, Grupo Pão de Açúcar (GPA) e Carrefour colhem frutos de uma gestão mais eficiente e maior atenção ao modelo de atacarejo.

 

No primeiro trimestre, as duas companhias reportaram avanço nas vendas, e creditam o resultado a maior assertividade nas negociações e gestão, além do bom desempenho das bandeiras Assaí, do GPA, e Atacadão, do Carrefour. As duas companhias, que hoje são controladas por empresas francesas, devem ganhar market share no pós crise. "Elas se prepararam para atravessar a crise e perceberam que ganhariam mercado no atacarejo", resumiu a consultora de varejo e professora de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Janaina Penna Ramos.

 

Na visão da acadêmica, no caso do Carrefour, o esforço foi ainda mais profundo e o momento oportuno. "O Carrefour enfrentou anos complicados na operação brasileira, mas conseguiu melhorar o desempenho com o Atacadão e as novas lojas no formato de vizinhança", completou.

No caso do GPA, o esforço em sinergias e gestão das bandeiras são o destaque: "Mesmo a Via Varejo, que enfrentava problemas de rentabilidade, tem sido conduzida de modo bastante eficiente", conta.

 

Resultados

Na semana passada o Carrefour reportou que as vendas globais do supermercado somaram 21,3 bilhões de euros de janeiro a março. No Brasil, as vendas da rede foram de 3,6 bilhões de euros no período, em um incremento de 10,5% em termos orgânicos - já descontados também o efeito calendário e a variação do petróleo. Em nota, o grupo afirmou que o efeito calendário - já que a Páscoa acabou entrando no segundo trimestre neste ano- prejudicou um pouco as vendas, mas um efeito favorável do câmbio beneficiou a rede. "Houve também um dia de negociação a menos no primeiro trimestre de 2017, já que 2016 foi um ano bissexto."

Sobre o Brasil, o Carrefour destacou a operação Atacadão, além do formato Express.

 

No GPA as vendas subiram 9,5% no 1º trimestre, sobre um ano antes, para R$ 10,5 bilhões. Em nota, a rede destaca "a recuperação do Extra Hiper e o crescimento consistente do Assaí", bandeiras que "apresentaram desempenho acima do mercado". No critério mesmas lojas, o aumento da receita líquida foi de 5,6%, sendo que o Assai cresceu 12,9%.

 

 

Paula Cristina


Fonte: DCI - São Paulo

 

 

 


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