São Paulo - O Magazine Luiza vai aumentar "significativamente" os investimentos em 2018, acelerando aberturas de lojas físicas, reformando unidades para um novo conceito e implantando serviços adicionais para o marketplace, informou ontem a empresa em evento para analistas e investidores.
"Nosso foco ano que vem é a ampliação de investimentos. Temos investido por ano uma média de R$ 150 milhões e vamos aumentar significativamente essa cifra", afirmou o presidente da empresa, Frederico Trajano. De acordo com ele, o aporte será feito em três pilares: tecnologia, aceleração da abertura de novas lojas físicas e reforma das unidades existentes - nessa ordem de prioridade.
O aumento do Capex é possível graças a oferta subsequente de ações (follow on) realizada em setembro pela empresa e que permitiu a captação de R$ 1,5 bilhão. "Fizemos o follow on para aumentar as aberturas de lojas e reduzir nossas dívidas. Vamos terminar com uma posição de caixa muito robusta e acelerar os investimentos", explicou Trajano. Este ano, a empresa já aumentou o ritmo de aberturas, com a inauguração de 60 novas unidades, frente apenas 20 em 2016. Para o ano que vem, o executivo disse que a empresa "vai abrir bem mais", mas não quis precisar o número exato.
Nas lojas existentes, o trabalho do Magazine Luiza será para implantar um novo conceito de operação, transformando as unidades em mini centros de distribuição. Para isso, a empresa vai ampliar a área de estocagem para 30% do espaço da loja. Hoje a área de armazenagem representa, em média, 15% do total. O aumento se dará em cima da área dos caixas, que vem se tornando menos necessária com o investimento da empresa no mobile checkout (pagamento através do smartphone dos vendedores). O modelo de "mini CD" será implantado, inicialmente, em 10 a 20 unidades da rede, em um projeto piloto que iniciará nos primeiros meses de 2018. O roll out para todas as lojas começará já no ano que vem e deve demorar em torno de dois anos para a conclusão. O comando da empresa informou ainda que tem investido na ampliação da oferta de serviços para os lojistas do marketplace. Há um mês, por exemplo, foi lançado o Magalu Entrega, que disponibiliza aos comerciantes parceiros o mesmo contrato logístico que a empresa possui com transportadoras privadas e Correios. "30 sellers já aderiram e gerou uma queda de 22% no custo de entrega para eles", afirmou o diretor executivo de e-commerce, Eduardo Galanternick.
No início do ano que vem o Magazine Luiza lançará também uma solução de fulfillment. Na prática, o lojista do marketplace poderá deixar seus produtos armazenados no centro de distribuição do Magazine Luiza, que ficará responsável por toda a parte logística. Diferente do Magalu Entrega, no fulfillment o frete dos itens será feito por micro transportadores parceiros da rede, com custo ainda menor.
Outro serviço que começará a funcionar em 2018 é o Magalu Pagamentos. A plataforma melhorará o serviço de pagamento dos lojistas, além de oferecer a antecipação dos recebíveis de cartões. Para o Magazine Luiza, a previsão é que a solução aumente a rentabilidade do marketplace, já que a varejista ganhará com o spread entre o valor captado no banco e oferecido ao lojista.
Entrega expressa
Na ocasião, o Magazine Luiza anunciou também o lançamento da entrega expressa, em no máximo 48 horas, para todas as compras feitas pelo aplicativo. Em um primeiro momento, no entanto, o frete em dois dias será apenas para a região da grande São Paulo e de Belo Horizonte, mas deve ser ampliado a outras regiões.
A entrega expressa já começou a funcionar, dentro do projeto piloto, desde ontem.
Fonte: DCI São Paulo
