Rio - O Estado do Rio de Janeiro vai fechar o ano com queda de 1% no volume de vendas nos supermercados, já descontada inflação, de acordo com a Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj). Apesar do recuo, o resultado vai ser melhor do que previsão inicial, de recuo de 2%.
O resultado do setor no Rio vai ficar abaixo do desempenho nacional, mais favorável, admitiu o presidente da associação, Fábio Queiroz. Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apontaram crescimento de 1,1% nas vendas nacionais de janeiro a setembro. “Foi um ano muito difícil para todos [no Rio de Janeiro]”, afirmou, citando a crise econômica do Rio e aumento da violência, o que também reduz fluxo nas lojas.
Considerando apenas o resultado em dezembro, as vendas no Estado do Rio devem ficar estáveis, descontada a inflação. “Para o cenário atual, o resultado é bom”, disse o executivo. Por outro lado, o setor precisa de crescimento para mais contratações e reinvestimento, ponderou.
Já para 2018, a entidade vê um aumento no volume de vendas de 2%. Para a Asserj, o consumidor sinaliza estar mais esperançoso neste final de ano, e deve reagir mais positivamente no ano que vem às notícias favoráveis sobre a retomada da economia.
Rede de compras
As empresas do setor no Rio estão atentas a este possível aumento na demanda. Oito grupos supermercadistas do Rio de Janeiro vão se unir para formar rede de compras com objetivo de tornarem-se mais competitivos frente às grandes marcas, afirmou Queiroz. Segundo ele, as oito empresas, de pequeno e médio portes, possuem 128 lojas no total. “É mais um competidor que sobe para concorrer com os grandes. Eles compram melhor e vão vender melhor”, afirmou.
Queiroz disse que a rede de compras será lançada na próxima quinta-feira, mas não deu os nomes dos supermercados que farão parte do negócio.
Fonte: Valor Econômico