O Carrefour Brasil teve um salto no lucro líquido do terceiro trimestre, com sólido desempenho operacional e redução acentuada das despesas financeiras.
A divisão do grupo varejista francês teve lucro ajustado de 391 milhões de reais de julho a setembro, alta de 67,6 sobre igual período de 2017, superando a estimativa média de analistas de 386,5 milhões de reais, conforme levantamento da Refinitiv.
Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 32,6 por cento ano a ano, a 991 milhões de reais, com a margem Ebitda ajustada subindo 1,44 ponto percentual, para 7,8 por cento.
O grupo já tinha anunciado previamente alta de 8,1 por cento nas vendas brutas do trimestre, para 13,97 bilhões de reais, confirmando inversão na tendência de deflação alimentar de quatro trimestres seguidos.
No segmento de atacarejo, o Atacadão, o faturamento bruto saltou 11,2 por cento, para 9,5 bilhões de reais.
"A contribuição da expansão vem aumentando consistentemente a cada trimestre este ano, decorrente da nossa decisão de acelerar as aberturas de lojas para 20 novas unidades por ano, contra 10 a 12 lojas anteriormente", afirmou o conglomerado.
De julho a setembro, a companhia abriu quatro novas unidades do Atacadão, incluindo a conversão de um hipermercado Carrefour, além de dois atacados de entrega em Alagoas e Rondônia, elevando para 185 os pontos em operação. Mais sete lojas no formato tradicional devem ser inauguradas até dezembro.
Na divisão Carrefour Varejo, as vendas brutas cresceram 2,2 por cento no trimestre, para 4,5 bilhões de reais, refletindo a recuperação de hipermercados e o fortalecimento do comércio eletrônico, o canal de maior crescimento dentro da unidade.
O chamado gross merchandise volume (GMV), que mede o total vendido na plataforma online, incluindo transações de terceiros, saltou 106 por cento ano a ano, com o marketplace representando 16 por cento das vendas online.
No consolidado, os gastos gerais e administrativos subiram 4,3 por cento no trimestre, a 1,79 bilhão de reais. Já as despesas financeiras encolheram 28,8 por cento na comparação anual, para 120 milhões de reais, devido à redução de 42,4 por cento no custo da dívida em meio aos juros mais baixos.
A varejista também reduziu em 5,7 por cento os investimentos entre julho e setembro, para 392 milhões de reais, dos quais 266 milhões de reais para expansão e o restante em manutenção, reforma de lojas e tecnologia.
Em 25 de outubro, o GPA anunciou lucro líquido consolidado de 138 milhões de reais no terceiro trimestre, superando em 37 por cento o montante apurado um ano antes, com alta de dois dígitos nas receitas.
Fonte: DCI