De acordo com um estudo realizado pela Kerry, multinacional irlandesa com atuação na América Latina há mais de 25 anos, diante de uma situação de isolamento social nunca vivida, os consumidores brasileiros mudaram seus comportamentos de compra e de consumo. Essa mudança de hábitos repentina tem desafiado a indústria de alimentos e bebidas e principalmente o setor de food service, os quais estão sendo obrigados a buscar novas informações e a se reinventar.De acordo com um estudo realizado pela Kerry, multinacional irlandesa com atuação na América Latina há mais de 25 anos, diante de uma situação de isolamento social nunca vivida, os consumidores brasileiros mudaram seus comportamentos de compra e de consumo. Essa mudança de hábitos repentina tem desafiado a indústria de alimentos e bebidas e principalmente o setor de food service, os quais estão sendo obrigados a buscar novas informações e a se reinventar.
Houve aumento significativo na adesão dos brasileiros aos chamados atacarejos e hipermercados onde os consumidores podem encontrar todos os itens de primeira necessidade em um único local, muitas vezes em embalagens tamanho família. Segundo dados da Kantar, ambos registraram juntos 53% de penetração no consumo de massa e mais de 2,5 milhões de novos lares que aderiram a estes modelos de compras. Em questão de itens classificados como indispensáveis pelos brasileiros, os destaques de aumento de consumo desde as primeiras semanas da quarentena, são: pães industrializados (+52%), linguiças (+16%), sucos prontos (+15%), cervejas (+15%), absorventes higiênicos (+21%) e papel higiênico (+15%). Por outro lado, produtos que antes faziam parte da lista de compras de boa parte da população registraram quedas nas vendas, como os leites fermentados (-21%), iogurtes (-17%), lâminas de barbear (-12%), tintura de cabelo (-4%) e bebidas de soja (-7%).
A relação dos brasileiros com as refeições também mudou, houve a diminuição da preparação de refeições caseiras em detrimento do aumento de deliverys aos finais de semana, opção cada vez mais recorrente. Comparando a primeira semana de março com a segunda, o número de lares que pediram comida aumentou, principalmente por meio de pedidos diretos aos restaurantes e lanchonetes, mas o uso de aplicativos para esta finalidade, também foi alto (19%), segundo Rg Nutri com TechFit. A mesma instituição também mostra que os supermercados registraram 74% no aumento das vendas online entre 16 e 22 de março.
A preferência de consumo no setor de bebidas também está mudando. Segundo da Associação Brasileira de bebidas (Abrabe), com bares e restaurantes fechados devido ao avanço do Coronavírus no País, esse mercado teve uma desaceleração de 52% desde o dia 15 de março. De acordo com a Kantar, em janeiro e fevereiro houve uma variação positiva nas vendas de sucos prontos (+15%), cervejas (+10%) e refrigerantes (+6).
Fonte: Paranashop