O Grupo Big começa a avançar na sua abertura de capital no país vendendo a tese aos investidores de que conseguiu transformar a operação num negócio rentável em dois anos, mas que, para avançar num plano de crescimento, precisa evoluir mais rápido no atacarejo e com o seu modelo digital – algo ainda em fase inicial e mais avançado nos rivais GPA e Carrefour.
Em prospecto preliminar do Big divulgado na noite de segunda-feira, há dois destaques centrais: os números da empresa, até então grande dúvida entre os concorrentes, e o histórico de transações que o Big trará com seu atual sócio, o Walmart nos EUA, como royalties a serem pagos e pagamentos aos ex-controladores da compra da rede, em 2018.
Sobre os números, a empresa menciona “sinais de virada” em 2019, fala em “histórico bem-sucedido de reformulação e conversão de lojas”, o que levou a empresa a ser uma geradora de caixa. De janeiro a setembro o grupo apresentou lucro líquido de pouco mais de R$ 3 bilhões, ante um prejuízo de R$ 80 milhões um ano antes. O ganho de 2020 teve impacto direto do reconhecimento de ativo fiscal diferido.
Em termos de projetos, chama a atenção o mencionado potencial para abertura de 340 unidades do Sam’s Club e Maxxi Atacado até 2030, sendo 125 do clube de compras e 215 do atacarejo. Ainda há um plano de implementar, em 23 imóveis (dos 184 próprios da rede) operações imobiliárias.
A empresa é dona das marcas Big, Big Bompreço, Super Bompreço, Nacional, Mercadorama, TodoDia, Maxxi Atacado, Sam’s Club, Posto Big e Posto Big Bompreço.
O plano do Big é acelerar a expansão orgânica, com novas lojas de Sam’s Club e Maxxi Atacado, e reformular a estratégia de supermercados. Após a compra da operação pela Advent em 2018, o novo comando reduziu o número de hipermercados, transformando parte no Maxxi e Sam’s.
Fonte: Newtrade