Índice de água é criado para ajudar investidor

Leia em 2min

Divulgação de dados sobre o uso da água na indústria é limitada e não aponta para riscos financeiros, diz estudo

 

Em 2030, mais de um terço da população mundial vai viver em áreas de estresse hídrico, com escassez de água.

 

O dado é do estudo "Charting our Water Future" (Traçando o futuro da nossa água), divulgado pela consultoria McKinsey em 2009.

 

As áreas de estresse incluem muitos países e regiões que impulsionam o crescimento econômico global, como China, Índia, África do Sul e o próprio Estado de São Paulo.
Entre os interessados na temática estão investidores cujos negócios podem ir "por água abaixo" se não considerarem desde já a escassez do recurso como um risco às empresas em que investem.

 

No entanto, a divulgação de informações sobre o uso da água na indústria é limitada e não há contextualização dos riscos financeiros implicados em cada setor.
Para municiar os analistas, o WRI (Instituto de Recursos Mundiais, na sigla em inglês), junto com o Centro para Mercados Ambientais do Goldman Sachs e a General Electric, está desenvolvendo o índice da água.

 

Ele não somente apontará onde haverá escassez física do recurso mas também incluirá indicadores de qualidade, custos de tratamento e fatores sociais que podem afetar o acesso das companhias à água.

 

Com o mesmo objetivo, os organizadores do projeto Carbon Disclosure -que convenceram 2.500 empresas a divulgar suas emissões de gases de efeito estufa- lançaram o CDP Water Disclosure, no fim de 2009.

 

Foram enviados questionários a mais de 300 das maiores companhias do mundo para levantar informações sobre as questões relacionadas às suas políticas de gestão e uso da água.

 

RISCOS

 

Publicado em fevereiro, estudo da Ceres apontou oito setores mais expostos em caso de falta de água: bebidas, químico, energia elétrica, alimentos, construção de casas, mineração, semicondutores e petróleo e gás.

 

Com o maior controle dos órgãos reguladores, empresas podem sofrer ações judiciais pelos impactos de suas operações. Além disso, a falta de água aumenta a concorrência entre indústrias e comunidades pelo recurso.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


Veja também

Resina verde estimula demanda por álcool

Braskem e Solvay começam a colocar em prática a substituição da nafta por matéria-pri...

Veja mais
Brasil tem taxa crescente de reciclagem

O apelo cada vez maior dos produtos sustentáveis junto ao consumidor e a adoção de regras mais r&ia...

Veja mais
KM investe R$ 42 mi para ampliar produção e lançar linha própria

Única fabricante de reciclado branco da América Latina planeja dobrar receita     Ú...

Veja mais
Tecnologia permite reciclagem de materiais 'difíceis'

Resíduos menos coletados, como embalagens de salgadinhos e de leite longa-vida, podem virar matéria-prima ...

Veja mais
Walmart investe R$ 40 milhões em nova loja ecoeficiente no interior de São Paulo

A rede varejista acaba de anunciar investimentos de R$ 40 milhões na construção de um hipermercado ...

Veja mais
Rede de supermercados promove projetos de responsabilidade socioambiental

Cada vez mais as grandes empresas estão se atentando para questões ligadas à natureza, se conscient...

Veja mais
Plástico de cana será reconhecido por selo

Para ajudar na identificação de seu plástico de cana-de-açúcar, a petroquímica...

Veja mais
Cola biodegradável de sapatos

O Grupo Amazonas, fabricante de componentes para calçados, informa ter desenvolvido novos produtos degradá...

Veja mais