Estudo mostra que lixo produzido pelo homem atinge locais não habitados e impacta a vida marinha
O lixo produzido pelos homens tem chegado a áreas remotas do oceano na região antártica e o plástico é o material que mais preocupa. É o que mostra um estudo feito por pesquisadores da British Antarctic Survey e do Greenpeace a partir dos dados obtidos a bordo de dois navios ? o RRS James Clark Ross e o MV Speranza. As embarcações percorreram as partes leste e oeste da região antártica.
Leandra Gonçalves, ligada ao Greenpeace e uma das autoras do estudo, diz que foram encontrados "restos de materiais de pesca, muitas caixas plásticas e micropartículas plásticas". As sacolas, diferentemente do que ocorre em outras regiões, não foram vistas em grande quantidade. Os resultados foram aceitos para publicação na revista Marine Environmental Research em maio e serão divulgados na edição de agosto.
O texto diz que, de 69 itens vistos pelo MV Speranza, 43% eram materiais plásticos. No caso dos 59 itens observados pelo navio RRS James Clark Ross, 41% também eram plásticos. Com isso, a vida selvagem ? peixes, golfinhos, focas, leões e elefantes marinhos ? fica mais vulnerável. Eles sofrem ao engolir plásticos e podem morrer sufocados ou enforcados pelo material.
Veículo: O Estado de S.Paulo