Um acordo assinado no âmbito da Rio+20, entre o Ministério do Meio Ambiente, a ong WWF-Brasil e agências internacionais de financiamento vai funcionar como campanha global para a arrecadação de recursos para a preservação da Amazônia. O objetivo é expandir e consolidar o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), que já atua em 15% da região. A expectativa é de sejam captados US$ 250 milhões até 2019 e outros US$ 35 milhões nos anos seguintes.
Os recursos vão beneficiar os moradores das 95 unidades de conservação no bioma, que protegem 58 milhões de hectares. "São 22 milhões de pessoas que vivem na Amazônia e que esperam melhor padrão de vida, enfatizou o secretário de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti. "Não com prédios de ar condicionado, mas com saúde, educação e com preservação ambiental". O secretário enfatizou a necessidade de o programa crescer, em um momento em que o país também cresce e precisa cada vez mais de obras de infraestrutura.
O acordo foi assinado na segunda-feira (18), pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o WWF-Brasil, além de representantes de agências internacionais de financiamento presentes na Rio+20, como o Banco Mundial (Bird), governo alemão, Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundação Gordon and Betty Moore e a empresa Linden Trust for Conservation.
"O Arpa é um sucesso. Com ele, pudemos criar mais unidades de conservação, aperfeiçoar a sua gestão, ter mais conhecimento sobre a diversidade, reduzir o desmatamento e reduzir também a emissão de gases de efeito estufa", comemorou a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.
Considerado o maior programa de conservação de florestas tropicais do mundo, o Arpa é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Foi lançado em 2002, com o objetivo de expandir e fortalecer áreas de conservação na Amazônia.
Fonte: Portal Planalto/Portal Abras