O Brasil dispõe de poucos dados oficiais sobre o mercado orgânico e o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis) completa seu primeiro ano com a entrega da primeira pesquisa nacional do perfil do consumidor de produtos orgânicos.
“Precisávamos ter o perfil por região, com consumo, costumes e percepção do consumidor de orgânicos. Essa pesquisa ajudará nas estratégias comerciais dos produtores, empresas e varejistas. Se há cerca de 600 feiras orgânicas mapeadas no Brasil e a cada ano o crescimento do setor chega em 20%, temos um potencial de aumento do consumo”, explica o diretor do Organis, Ming Liu.
A pesquisa é uma parceria entre Organis e o Instituto de Pesquisa e Opinião Pública Market Analysis. Na metodologia aplicada foram realizadas 905 entrevistas, com adultos entre 18 e 69 anos, residentes em nove capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia e Brasília.
“As entrevistas foram realizadas no domicílio dos entrevistados, entre março e abril de 2017, e objetivou saber basicamente quem são os consumidores, o que consomem e se conhecem o setor de forma que possamos conhecer o potencial futuro deste segmento”, explica Ming Liu.
A margem de erro da pesquisa é de 3,3% para mais ou para menos.
Conclusões – 15% da população urbana são consumidores de produtos orgânicos, em especial a região sul onde o consumo é o dobro do consumo nacional. Frutas, verduras e legumes são os alimentos mais consumidos, mas há disposição de introduzir outros produtos orgânicos nos hábitos de consumo. Não existe uma marca forte que represente o setor de orgânicos, e a percepção do consumidor é para marcas que aparecem mais na mídia e nas gôndolas dos supermercados, ponto de venda mais relevante. A maior barreira para o consumo é o preço e maior clareza sobre os benefícios desses produtos, além da aplicação da certificação. Apesar do movimento crescente de orgânicos, 25% da população não estão interessados em mudar o hábito de consumo do convencional para orgânico.
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Fonte: Assessoria de Comunicação do Organis