O uso de sacolas plásticas no Rio caiu quase pela metade de junho para cá. Segundo a Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj), o volume de distribuição sacolinhas plásticas nos estabelecimentos foi reduzido em 42% nesse período. Inicialmente, a meta estabelecida para junho de 2020 visava diminuir em 40% a utilização de sacolas plásticas. Contudo, a meta foi alcançada nos quatro primeiros meses após a lei entrar em vigor.
De acordo com a superintendente da Asserj, Keila Prates, calcula-se que foram tiradas de circulação – e consequentemente do descarte irregular no meio ambiente – cerca de 560 milhões de sacolinhas plásticas.
Antes da lei eram distribuídas nos supermercados quatro bilhões de sacolas por ano, pelas redes e grandes mercados do estado.
“Quando a lei entrou em vigor em junho deste ano, tínhamos como meta atingir 40% de redução em um ano. Como superamos essa meta com quatro meses, só temos a comemorar. Isso mostra a aceitação da lei pelo consumidor, que está levando sua sacola de casa ou retornando com a sacola menos poluente para suas compras no supermercado. O consumidor está mais consciente”, afirma Keila.
Além da consciência ecológica do consumidor, a superintendente da Asserj, credita a redução no uso da sacolinha plástica ao custo, já que os supermercados cobram R$ 0,08 - preço de custo - por cada sacola. Somente as duas primeiras sacolas são dadas gratuitamente.
“A partir de 25 de dezembro não haverá mais a distribuição gratuita das duas primeiras sacolas. Ou seja, os supermercados vão passar a cobrar por todas elas. E também em 25 de dezembro a lei começa a vigorar para os pequenos mercados, aqueles com faturamento mensal de R$ 3,6 milhões. Eles vão ter de adotar as novas sacolas. Então, estamos prevendo uma redução maior ainda”, calcula Keila.
Em cinco anos, a Asserj espera que ter reduzido em mais de 80% o número de sacolas plásticas - de supermercados e mercadinho - no meio ambiente. Outras redes – de farmácia, de departamento, de roupas – também estão substituindo a sacolinha convencional por sacolas menos poluente ou de papel.
“O Rio foi pioneiro nessa lei e esperamos que essa consciência ecológica alcance outros estados. Pelo bem de todos”, conclui a superintendente da Asserj.
Fonte: G1 - Rio de Janeiro