O mercado mundial de identificadores eletrônicos (RFID, na sigla em inglês) deve ter receita de mais de US$ 5,3 bilhões neste ano. Apesar da crise, o setor deverá experimentar um ritmo de crescimento anual de 15% pelos próximos cinco anos, segundo a consultoria ABI Research, que projeta que a receita dessa indústria deva chegar a US$ 8,2 bilhões em 2013.
Esses identificadores consistem em uma espécie de chip que emite sinais de rádio com informações específicas, úteis para rastreamento e controle de produtos. Segundo a ABI, os mercados que terão maior aplicação para esses produtos são os de gerenciamento de cadeia produtiva, identificadores pessoais, vendas de ingressos e sistemas de pagamento sem fio. Esses dados não incluem sistemas de bloqueio de automóveis em caso de roubo ou furto. Levando em consideração também essas aplicações, o mercado de RFID pode atingir faturamento de US$ 9,8 bilhões em 2013.
A ABI afirma que, embora a taxa de crescimento anual do setor possa parecer pouco impressionante, boa parte da expansão vem de novas aplicações para os equipamentos RFID. Retirando da projeção algumas aplicações "tradicionais" da tecnologia, como identificação e bloqueio de veículos e identificação pessoal, a taxa de crescimento anual projetada para o segmento é de mais de 20% para o período até 2013.
A consultoria ainda acredita ser muito cedo para avaliar quais serão os possíveis impactos da crise econômica global sobre o mercado de RFID. Segundo ela, as companhias desse setor continuam investindo, assim como a consolidação continua ocorrendo.
"Entendemos que o impacto dos eventos econômicos muitas vezes não são imediatos", afirma o diretor de pesquisa da ABI, Michael Liard. "Em nossa opinião, geralmente leva de três a seis meses para qualquer impacto econômico ser sentido. Muitos dos fabricantes e usuários que entrevistamos acerca de uma desaceleração em potencial indicam que não há ainda uma mudança real nos projetos de RFID", acrescentou.
Veículo: Valor Econômico