Os supermercados viveram uma das maiores digitalizações da pandemia, buscando alternativas para chegar à casa do consumidor e driblar um momento de desafio das compras presenciais. Resultado da estratégia, esses negócios registraram um aumento de 900% na receita das vendas online entre março de 2020 e julho de 2021. Os dados são de levantamento da Linx, líder em tecnologia para o varejo, a partir de informações da vertical Mercadapp, especialista em e-commerce para supermercados.
O salto sem precedentes nas vendas digitais e por aplicativo são consequência do aumento da procura: o número de pedidos virtuais cresceu 817% no mesmo período. “Em março do ano passado, a pandemia e o isolamento social praticamente obrigaram o consumidor a buscar novas formas de fazer mercado. Porém, a procura não foi uma coisa momentânea: o consumidor experimentou, gostou e se acostumou a receber as compras em casa, sustentando esse crescimento inacreditável no último um ano e meio”, analisa Larissa Lima, diretora de operações da Mercadapp.
Outros índices comprovam a consistência digital do setor. O ticket médio do período analisado foi de R$ 218,01, com uma média de frequência de compras de 175 pedidos por mês e a taxa de conversão de 16,14%, uma porcentagem bastante alta. Para efeitos comparativos, o e-commerce geral no Brasil tem uma taxa de conversão de 1,6%, segundo a Experian Hitwise.
“O hábito de compra mudou e o consumidor deve se manter digital, inclusive para as compras do mês, investindo mais em comodidade no pós-pandemia. As PMEs têm uma janela importante para se digitalizar e investir em tecnologia para as novas formas de consumo. É a chance para buscar mais alcance e fidelização de forma prática e fácil”, finaliza a executiva.
São Paulo, Goiás e Rio Grande do Norte
Entre os estados de destaque na compra de supermercado online, São Paulo registrou a maior média de pedidos, com 158 por mês e ticket médio de R$198,14. No Centro-oeste, Goiás é o líder com 143 pedidos por mês e um valor médio por compra de R$235,45. Já no Nordeste, o Rio Grande do Norte fica na primeira posição, com 57 pedidos por mês e R$258,82 desembolsado por compra pelo consumidor.
Fonte: Newtrade