Para otimizar logística, Heineken faz mudança estratégica em sua produção

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Decisão de transferir a operação do Norte para o Sudeste integra o plano de crescimento da companhia e as metas da agenda ESG  

 

O Grupo Heineken decidiu transferir sua unidade produtiva de concentrados para refrigerantes de Manaus para a cidade de Itu, no interior de São Paulo, onde também é produzido o portfólio de bebidas não-alcoólicas da companhia, que inclui as marcas FYs, Itubaína, Viva Schin, Skinka e Água Schin.

 

A empresa afirma que, com a realocação, conseguirá otimizar a produção, aumentar a eficiência de toda a cadeia envolvida nesse processo, reduzir sua emissão de carbono e ainda acelerar a chegada dos produtos aos pontos de venda, “tornando-se ainda mais competitiva e alinhada às dinâmicas do mercado”.

 

A unidade de concentradas para refrigerantes da Heineken estava instalada na Zona Franca de Manaus (ZFM) e empregava 18 pessoas. A empresa argumenta que a decisão vinha sendo estudada antes da medida do governo federal de reduzir em até 25% o IPI dos setores produtivos, incluindo os xaropes de refrigerantes (a alíquota de IPI era de 8% antes do corte), e, portanto, não tem relação com a mudança na alíquota. Quem produz na ZFM está isento do imposto, e o corte tributário tem sido entendido por algumas organizações como redução de competitividade para as empresas dessa região.

 

“A decisão de transferir a operação de Manaus para Itu integra o plano de crescimento da companhia e de ampliação dos esforços dentro da agenda de ESG [sigla em inglês para meio ambiente, social e governança], como o de reduzir em 80% o volume de embalagens plásticas (PET) até 2025, movimento iniciado em junho de 2021”, disse a companhia ao Valor por meio de sua equipe de comunicação. Em junho, a empresa anunciou a retirada das embalagens PET acima de 1 litro de seu portfólio de bebidas não alcoólicas.

 

A empresa diz que foi por essa decisão e por um longo estudo que decidiu por absorver toda a produção para a operação em Itu. “Nos permitirá ganhar em eficiência, em agilidade de transporte dos produtos para os pontos de venda e ainda reduzirá nossa emissão de carbono de transporte logístico.”

 

A Heineken diz que a transferência não impacta em aumento de mão de obra na unidade paulista, onde o quadro atual de empregados tem capacidade de absorver a linha de concentrados. Quanto aos funcionários de Manaus, a empresa diz que está negociando com o sindicato local o plano de desligamento. “Estamos oferecendo aos colaboradores um pacote de desligamento competitivo, além de suporte para recolocação profissional em outras unidade da companhia ou em empresas da própria região.”

 

A empresa também está em negociação com a liderança do sindicato local para finalizar o plano de transferência desta planta. Após isso, o plano é vender a propriedade.

 

Fonte: Valor     


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